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Economia

- Publicada em 28 de Março de 2018 às 15:56

Dólar avança a R$ 3,34 com temores de guerra comercial

Após as perdas de terça-feira (27), a Bolsa brasileira dá sequência ao movimento de queda nesta quarta (28), com o sentimento de cautela imperando no cenário externo, principalmente em torno das ações de tecnologia. A queda das commodities e a divulgação do PIB americano, mais alto que o esperado, também contribuíram para a onda de aversão global ao risco.
Após as perdas de terça-feira (27), a Bolsa brasileira dá sequência ao movimento de queda nesta quarta (28), com o sentimento de cautela imperando no cenário externo, principalmente em torno das ações de tecnologia. A queda das commodities e a divulgação do PIB americano, mais alto que o esperado, também contribuíram para a onda de aversão global ao risco.
O Ibovespa, principal referência do mercado local, recua 0,98%, aos 82.987 pontos. Já o dólar avança 0,24%, a R$ 3,34. "O mercado mantém cautela na véspera da definição da Ptax e diante das tensões no cenário interno e externo. Caso, porém, o dólar ameace subir mais fortemente, o BC, com suas reservas de quase US$ 400 bi, poderá segurar as pressões - disse à Bloomberg Italo Abucater, chefe da mesa de câmbio da Tullett Prebon.
O Banco Central anuncia nesta quarta-feira a rolagem de swaps cambiais e, na quinta-feira, leilão de linha. As ações do setor de tecnologia têm estado sob pressão conforme aumentam os temores sobre possíveis regulações às empresas em decorrência do escândalo de privacidade do Facebook.
Além disso, desde esta terça-feira, o medo de risco levou os investidores do mundo inteiro a fugirem dos investimentos em ações, devido ao temor de continuidade de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China.
"Políticas do governo Trump - que, em geral, têm mantido um caráter protecionista -, têm feito 'preço' em setores 'sensíveis'. O de tecnologia, mais volátil e com valuations mais esticados por natureza, por exemplo, é um destes. Estas pressões se espalharam por outras praças. O receio de que Trump continue a colocar a 'América Primeiro', e aumente o protecionismo, é algo que manterá os mercados internacionais voláteis", escreveu o economista Ignacio Crespo, da Guide Investimentos.
O PIB dos Estados Unidos, que cresceu a uma taxa anual de 2,9% nos últimos três meses de 2017, em vez dos 2,5% informados anteriormente pelo Departamento de Comércio americano, também acende um sinal amarelo. O resultado, acima dos 2,7% estimados por especialistas, abre margem para aumentos de juros um pouco mais agressivos pelo Federal Reserve (o banco central americano) neste ano.
O Fed aumentou os juros na semana passada e projetou pelo menos mais dois aumentos para 2018, além de elevar suas projeções de crescimento econômico para este ano e 2019.
No cenário doméstico, se acirra a tensão política em meio às eleições. Enquanto, no Sul, tiros foram disparados em direção à caravana de Lula, em Brasília, o ministro Edson Fachin, relator dos processos da operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), disse que sua família vem sofrendo ameaças, a uma semana do julgamento do habeas corpus do petista.
"Tem muito nervosismo no ar, com o aumento de potenciais candidatos e um grau de incerteza que é um dos mais altos da história das eleições brasileiras. Além disso, a saga do Meirelles tão pouco ajuda o mercado, os estrangeiros depositavam muito as fichas nele. Ele é um dos tripés da economia do governo", avalia Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset.
Entre os papéis mais negociados da Bolsa, tanto Vale como Petrobras caem a desvalorização das commodities. Os contratos para maio do minério de ferro recuam 1,58% e ajudam a Vale a exercer a principal pressão sobre o pregão: as ações da mineradora recuam 1,66% a R$ 40,18.
Já o contrato para junho do petróleo cai 0,72%, com o barril tipo Brent cotado a US$ 68,96. Com isso, os papéis preferenciais (PN, sem voto) da Petrobras têm recuo de 1,35% a R$ 21,15; e os ordinários caem 1,07% a R$ 23,07.
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