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Economia

- Publicada em 27 de Março de 2018 às 18:10

Tombo do Facebook contamina bolsas de Nova Iorque, que voltam a fechar em baixa

Agência Estado
Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta terça-feira (27) em forte baixa, apagando o rali visto na sessão anterior, em meio à investigação sobre o uso ilegal de dados de usuários do Facebook, que afetou ações de companhias de tecnologia. Outros setores foram contaminados com o tombo das techs e afetaram os principais indicadores de ações de Nova Iorque.
Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta terça-feira (27) em forte baixa, apagando o rali visto na sessão anterior, em meio à investigação sobre o uso ilegal de dados de usuários do Facebook, que afetou ações de companhias de tecnologia. Outros setores foram contaminados com o tombo das techs e afetaram os principais indicadores de ações de Nova Iorque.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,43%, aos 23.857,71 pontos; o S&P 500 perdeu 1,73%, aos 2.612,62 pontos; e o Nasdaq cedeu 2,93%, aos 7.008,81 pontos. Durante o pregão, o Nasdaq chegou a cair mais de 3% e a perder, momentaneamente, o nível dos 7 mil pontos.
As negociações entre Estados Unidos e China em meio às tensões comerciais entre os dois países foram deixadas de lado nesta terça-feira. As investigações em torno do Facebook se aproximaram de uma nova etapa à medida que a imprensa americana noticiou que o executivo-chefe da companhia, Mark Zuckerberg, deve depor no Comitê Judiciário do Senado dos Estados Unidos no início de abril.
A maré baixista do Facebook foi comprovada, após a National Fair Housing Alliance e outros grupos acusarem a companhia de permitir que os anunciantes excluíssem grupos de minorias de gênero, composição familiar e raça. "O Facebook vai resolver um processo de direitos civis, argumentando que tinha um papel passivo nos anúncios. Após os ganhos matinais, essas duas notícias fizeram com que a ação da companhia operasse em baixa", de acordo com o analista de mídia e telecom Jason Aycock, do SeekingAlpha.
Quem se uniu à maré baixista do Facebook foi o Twitter. Em relatório divulgado nesta terça-feira, a Citron Research afirmou que, de todas as mídias sociais, o Twitter é a mais vulnerável à regulamentação de privacidade. "Espere até que o Senado descubra que o Twitter irá gerar US$ 400 milhões neste ano apenas vendendo dados de usuários, e não com anúncios", comentou a consultoria. Nesse cenário, o Facebook cedeu 4,90% e o Twitter despencou 12,03%.
O subíndice de tecnologia do S&P 500 terminou o dia em baixa de 3,47%, com queda generalizada das techs. Apple perdeu 2,56%, Netflix cedeu 6,14%, Google recuou 4,47% e Amazon caiu 3,78%.
A volatilidade nas bolsas em Nova Iorque, vista desde o início de fevereiro, pode já estar sendo refletida na economia americana. Segundo o Conference Board, o índice de confiança do consumidor dos EUA caiu de 130,0 em fevereiro para 127,7 em março. Na avaliação do economista-chefe da Pantheon Macroeconomics, Ian Shepherdson, "provavelmente o indicador está começando a sentir o impacto inicial da correção nos preços das ações. Com isso, a confiança provavelmente deve cair nos próximos dois meses".
Entre as ações que integram o Dow Jones, apenas quatro terminaram em alta: P&G, Verizon, Nike e General Electric (GE). Os papéis da GE, que terminaram em alta de 4,27%, foram beneficiados por relatos de que Warren Buffett estava considerando investir na companhia, já que as ações estão sendo negociadas no nível mais baixo desde 2009.
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