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Economia

- Publicada em 13 de Março de 2018 às 17:58

Banco Central e emissores de cartões querem simplificar faturas

Alternativa ao parcelado sem juros deve estar disponível em 2019

Alternativa ao parcelado sem juros deve estar disponível em 2019


/FRANKIELEON/VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
O Banco Central (BC) e os emissores de cartões de crédito estudam uma maneira de simplificar a fatura mensal dos consumidores para facilitar a compreensão do que está discriminado no documento, afirmou ontem Isaac Sidney Menezes Ferreira, diretor de relacionamento institucional e cidadania do BC.
O Banco Central (BC) e os emissores de cartões de crédito estudam uma maneira de simplificar a fatura mensal dos consumidores para facilitar a compreensão do que está discriminado no documento, afirmou ontem Isaac Sidney Menezes Ferreira, diretor de relacionamento institucional e cidadania do BC.
"Estamos, em conjunto com a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito), buscando simplificar o formato das faturas", afirmou o diretor do Banco Central durante o 12º Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento, em São Paulo. "As faturas de cartão de crédito são muito complexas. Nós precisamos fazer com que o cidadão tome melhores decisões e entenda sua vida financeira. Isso passa por uma fatura que seja mais simples de entender", diz.
Segundo ele, há muitos números nas faturas de cartões, o que pode atrapalhar a tomada de decisão financeira. "Estamos em tratativas para que possamos ter o melhor diagnóstico e para simplificar as faturas que os consumidores recebem."
Fernando Chacon, presidente da Abecs e diretor do Itaú, diz que as conversas também incluem entidades de defesa do consumidor. "A gente não acredita em uma padronização propriamente dita, mas na busca de cada vez mais clareza e transparência para a forma como o consumidor opta por pagar sua fatura", diz.
Chacon afirma que o Brasil tem algumas jabuticabas que não existem em outros países. "No resto do mundo, o consumidor recebe a fatura de R$ 100,00 e o pagamento mínimo da fatura é R$ 15,00 ou R$ 20,00, depende do cliente. Ele opta por pagar alguma coisa entre o mínimo e o valor total da fatura e acabou", diz o presidente da Abecs.
"Aqui, tem o valor total da fatura, o valor que ele está rotativando (colocando no rotativo), o valor que ele tem parcelado, o valor do parcelamento anterior, o parcelado sem juros. A quantidade de informação que está disponível na fatura aqui no Brasil é muito grande", ressalta.
Para ele, é possível simplificar, usando conceito de design de serviços e ouvindo o cliente para descobrir como a pessoa prefere que o dado seja apresentado. "A Abecs vai tentar, de uma certa forma, junto aos emissores, criar uma padronização para que a gente consiga melhorar a qualidade de informação para o cliente final", afirma.
Mas a tarefa pode não ser tão simples, indica Ricardo Vieira, diretor executivo da associação. Isso porque cerca de 80% do conteúdo das faturas é regra obrigatória. "O campo livre é de 20%", diz. "Na prática, você tem muita instrução por lei que você acaba tendo que cumprir que restringe a nossa liberdade de fazer o melhor trabalho de comunicação", complementa Chacon.
O presidente da Abecs afirmou, ainda, que as conversas para a criação de uma linha de financiamento ao consumo que serviria de alternativa ao parcelado sem juros estão evoluindo, e a opção deve estar disponível em 2019, mas com um piloto previsto para ser implementado no fim deste ano.
Para convencer os comerciantes a adotar o novo crediário no lugar do parcelado sem juros, a indústria trabalha com a ideia de antecipar o pagamento do crédito aos lojistas, o que reduziria a necessidade da linha de antecipação de recebíveis. Hoje, eles recebem em 30 dias. A ideia é reduzir para um prazo de até cinco dias.
 
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