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Economia

- Publicada em 08 de Março de 2018 às 11:28

Lucro líquido da Embraer cresce 35,9% em 2017

Desempenho aquém das expetativas decorre principalmente pelo lucro das atividades operacionais

Desempenho aquém das expetativas decorre principalmente pelo lucro das atividades operacionais


EMBRAER/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
A Embraer encerrou o quarto trimestre de 2017 com um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 117,2 milhões, 81,9% abaixo dos R$ 648,3 milhões registrados no mesmo período de 2016. Com isso, a fabricante de aeronaves somou um ganho líquido atribuído aos acionistas de R$ 795,8 milhões no acumulado de 2017, configurando um crescimento de 35,9% frente aos R$ 585,4 milhões reportados um ano antes.
A Embraer encerrou o quarto trimestre de 2017 com um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 117,2 milhões, 81,9% abaixo dos R$ 648,3 milhões registrados no mesmo período de 2016. Com isso, a fabricante de aeronaves somou um ganho líquido atribuído aos acionistas de R$ 795,8 milhões no acumulado de 2017, configurando um crescimento de 35,9% frente aos R$ 585,4 milhões reportados um ano antes.
A receita líquida caiu 15,6% entre os períodos, passando de R$ 6,702 bilhões no quarto trimestre de 2016 para R$ 5,654 bilhões no mesmo intervalo de 2017. No acumulado do ano passado, o indicador somou R$ 18,713 bilhões, 12,7% menor que a de janeiro a dezembro de 2016.
Já no critério ajustado, excluindo o imposto de renda e a contribuição social diferidos no período, a Embraer contabilizou lucro líquido ajustado de R$ 191,5 milhões entre outubro e dezembro, o que corresponde a uma diminuição de 72,4% em relação aos R$ 694,2 milhões anotados no mesmo intervalo de 2016.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) totalizou R$ 502,9 milhões no quarto trimestre de 2017, 60% menor que o R$ 1,258 bilhão registrado há um ano. A margem Ebitda, por sua vez, ficou em 8,9%, um recuo de 9,9 pontos percentuais (p.p.) frente ao quarto trimestre de 2016. Com isso, o indicador encerrou 2017 em R$ 2,068 bilhões (+11,1% ante 2016), com margem de 11,1% (+2,4 p.p.). Já o Ebitda ajustado atingiu R$ 720,0 milhões, 37,6% abaixo dos R$ 1,153 bilhão verificado entre outubro e dezembro de 2017.
A margem Ebitda ajustada ficou em 12,7%, ante margem de 17,2% na mesma comparação. No acumulado do ano passado, o valor ficou em R$ 2,289 bilhões (-19,5% ante 2016), com margem de 12,2% (-1,1 p.p.). O resultado operacional (Ebit) atingiu R$ 217,8 milhões positivos, uma queda de 76,4% frente aos R$ 921,5 milhões. A margem Ebit caiu de 13,7% no quarto trimestre de 2016 para 3,9% no último trimestre. Em 2017, os indicadores atingiram, respectivamente, R$ 1,059 bilhão (+47,6% ante 2016) e 5,7% (+2,4 p.p.).
O Ebit ajustado, por sua vez, recuou 46,7% na base anual, atingindo R$ 435,0 milhões entre outubro e dezembro de 2017, ante os R$ 816,9 milhões registrados há um ano. A margem Ebit ajustada no trimestre ficou em 7,7%, queda de 4,5 p.p. na base anual.
No acumulado do ano passado, o Ebit ajustado ficou em R$ 1,281 bilhão (-24,7% ante 2016) e a margem, em 6,8% (-1,1 p.p.).
A Embraer registrou uma geração livre de caixa ajustado de R$ 1,347 bilhão no quarto trimestre de 2017, ante um uso livre de caixa ajustado de R$ 102,0 milhões no terceiro trimestre e uma geração livre de caixa ajustado de R$ 962,8 milhões no último trimestre de 2016.
Com isso, a fabricante brasileira encerrou o ano passado com uma geração livre de caixa ajustado de R$ 1,338 bilhão, excluindo impactos não recorrentes no caixa de R$ 287,8 milhões. Em release de resultados, a Embraer ressalta que superou suas estimativas para o ano, destacando o uso livre de caixa ajustado de R$ 1,479 bilhão que havia registrado em 2016.
Conforme a companhia, esse desempenho decorre principalmente do maior caixa líquido ajustado gerado pelas atividades operacionais (líquido de investimentos financeiros e ajustado pelos impactos não recorrentes no caixa) em 2017, no valor de R$ 3,256 bilhões, ante os R$ 813,9 milhões gerados no ano anterior. A Embraer cita também a queda dos investimentos em Capex e ativos intangíveis no ano passado.
"Os principais fatores que resultaram em um maior fluxo de caixa operacional em 2017 foram a uma melhoria acentuada no capital de giro (particularmente estoques mais baixos e adiantamentos de clientes maiores) e menores adições líquidas ao Imobilizado", diz o documento.
A Embraer registrou R$ 249,8 milhões em adições líquidas ao imobilizado no quarto trimestre de 2017, abaixo dos R$ 255,7 milhões de igual período de 2016. Do total contabilizado no quarto trimestre do ano passado, o Capex representou R$ 224,3 milhões, enquanto as adições ao programa pool de peças de reposição foram de R$ 25,5 milhões. Se excluído o Capex contratado dos programas do segmento de defesa & segurança, o Capex somou R$ 223,1 milhões entre outubro e dezembro.
Em 2017, as adições líquidas ao imobilizado atingiram R$ 702,8 milhões, contra R$ 1,352 bilhão registrado em 2016. Já o Capex totalizou R$ 560,7 milhões, abaixo das estimativas da Embraer.
Já as adições ao intangível foram de R$ 406,6 milhões no quarto trimestre, ante os R$ 453,2 milhões reportados um ano antes. O montante está relacionado ao desenvolvimento de produtos, principalmente do programa dos E-Jets E2, no segmento de aviação comercial. No trimestre, não houve recebimentos relacionados à contribuição de parceiros, o que representou um investimento líquido de R$ 406,6 milhões em desenvolvimento, destaca a companhia.
Assim, os investimentos da fabricante em desenvolvimento de produtos somaram R$ 1,503 bilhão em 2017. De acordo com a Embraer, esse montante foi parcialmente compensado pelos R$ 268,9 milhões provenientes das contribuições de parceiros, de modo que o investimento líquido foi de R$ 1,234 bilhão, "pouco abaixo de sua estimativa anual".
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