O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou que o governo está discutindo com a Petrobras uma nova política de preços para os combustíveis - que oscilam de acordo com a cotação no mercado internacional. Segundo ele, a ideia é encontrar uma fórmula de equilíbrio para evitar que a alta no preço não afete o consumidor de um lado e, de outro, uma queda "muito grande" não prejudique a Petrobras.
Essa nova política, segundo o ministro, vai incluir também o preço do gás de cozinha. Meirelles não deu detalhes, mas afirmou que o governo não vai controlar preços, como ocorreu no passado. "Esse governo não faz controle artificial de preços", disse o ministro, lembrando que a inflação oficial encerrou 2017 em 2,95% e que neste ano ficará abaixo da meta de 4,5%.
O ministro afirmou ainda que estão sendo estudadas "medidas compensatórias" no Orçamento de 2019 para a não aprovação da reforma da Previdência. Para este ano, o governo já não contava com o impacto da proposta, diante das dificuldades de aprovação no Congresso Nacional. O ministro não detalhou quais seriam essas medidas. Ele voltou a dizer que o tema será enfrentado assim que terminar a intervenção federal no Rio, que trouxe um impeditivo legal às mudanças nas regras da aposentadoria.
Meirelles alertou que será necessário dar continuidade à agenda das reformas para que o País consolide a trajetória de crescimento e geração de empregos. Segundo ele, há risco de o País entrar novamente em recessão, caso sejam adotadas "políticas erradas".