No texto, publicado na última quarta-feira (28), o escocês, que fez sucesso no comando da banda norte-americana Talking Heads, descreve um passeio de bicicleta que fez pela cidade, acompanhado de sua banda, do grupo de ciclo-ativistas Loop e de um professor de arquitetura.
Byrne posta uma série de fotos e tece comentários sobre alguns dos pontos turísticos que conheceu, como o Centro Administrativo Fernando Ferrari, o Anfiteatro Pôr-do-Sol e a Fundação Iberê Camargo.
Talvez por influência dos seus guias de viagem, o músico vai descrevendo uma cidade que parece não ter sido finalizada – seja por conta dos trilhos do aeromóvel que nunca funcionou no Centro Histórico, pelo fato do imponente prédio da Fundação Iberê Camargo só abrir aos finais de semana, ou ainda ao observar que o terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que estava sendo construído, já está sendo demolido.
Byrne elogia o fato de que ciclovias estão sendo construídas na cidade – mas lamenta o fato delas serem fruto de alguma resistência, comentando brevemente o caso do atropelamentos de 17 ciclistas do grupo Massa Crítica, ocorrido em 2011.
Problemas ambientais da cidade, presente em canções de Byrne como (Nothing but) Flowers, também são citados no texto – como a poluição do Guaíba e as construções irregulares do Morro Santa Tereza.
O músico também descreve alguma preocupação com a casa de shows onde iria se apresentar naquela noite, o Pepsi on Stage, descrito como uma espécie de hangar com vigas expostas nas laterais. Mas descreve que "o entusiasmo do público mais do que compensou quaisquer deficiências do espaço". No show, sua grande banda se movimenta intensamente por um palco vazio, dançando, encenando e tocando canções novas e grandes sucessos de Byrne, como I Zimbra, Once in a Lifetime e Toe Jam.