As gravuras de Emil Bauch que ficaram expostas por quatro anos no Itaú Cultural, em São Paulo, eram roubadas da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O resultado da perícia realizada por especialistas foi revelado nesta sexta-feira (23), em entrevista coletiva na sede da instituição carioca. O diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, que entregou as obras para a vistoria técnica, também participou da coletiva.
As oito gravuras que representam o Recife, impressas na Alemanha em 1852, foram furtadas por Laéssio Rodrigues de Oliveira em 2004. O ladrão alega que vendeu ao colecionador Ruy Souza e Silva, ex-marido de Neca Setubal, herdeira do banco Itaú.
Souza e Silva vendeu oito gravuras de Bauch ao Itaú Cultural em 2005. Ao jornal, ele negou ter comprado as obras de Laéssio e disse que elas foram adquiridas na loja londrina Maggs e Bros e, ao repassá-las ao instituto, apresentou um recibo de novembro de 2004.
O recibo não especifica quais são as obras adquiridas. Diz "série de gravuras brasileiras". Contatada, a loja londrina informou não ter mais detalhes da transação, feita há quase 14 anos.