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Cultura

- Publicada em 20 de Março de 2018 às 08:21

Paulo Dorfman grava novo disco em apresentações no Sgt Peppers

Pianista (no centro, de óculos) grava repertório autoral em dois show em quarteto

Pianista (no centro, de óculos) grava repertório autoral em dois show em quarteto


CAROL ROSSI/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
Após alguns anos dedicando-se a dar aulas, o pianista Paulo Dorfman voltou a ter uma rotina de shows. "Cheguei à conclusão de que as coisas têm de coexistir", afirma ele, que está com um projeto com seu nome no Café Fon Fon, o Paulo Dorfman convida. Nesta semana, no entanto, a casa é outra. O músico se reúne com Pedrinho Figueiredo (sax e flauta), Everson Vargas (baixo) e Kiko Freitas (bateria) para gravar parte de seu repertório autoral em um disco no Sgt Peppers (Quintino Bocaiúva, 256). Os shows acontecem nestas terça (20) e quarta (20), com ingressos a R$ 50,00.
Após alguns anos dedicando-se a dar aulas, o pianista Paulo Dorfman voltou a ter uma rotina de shows. "Cheguei à conclusão de que as coisas têm de coexistir", afirma ele, que está com um projeto com seu nome no Café Fon Fon, o Paulo Dorfman convida. Nesta semana, no entanto, a casa é outra. O músico se reúne com Pedrinho Figueiredo (sax e flauta), Everson Vargas (baixo) e Kiko Freitas (bateria) para gravar parte de seu repertório autoral em um disco no Sgt Peppers (Quintino Bocaiúva, 256). Os shows acontecem nestas terça (20) e quarta (20), com ingressos a R$ 50,00.
Não à toa chamado de Maestro pelos colegas, Dorfman é considerado um dos mais importantes nomes da música instrumental do Estado. Ao longo de sua trajetória, teve músicas gravadas em discos de Jorginho do Trompete, Claudio Sander, James Liberato e do próprio Pedrinho Figueiredo, entre outros; compôs a trilha e regeu uma orquestra de médio porte em edições do Festival de Gramado; e possui obras no repertório de instituições como a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), a Orquestra Unisinos Anchieta e a Orquestra de Câmara Theatro São Pedro. Nos últimos anos, entretanto, vinha se dedicando, primordialmente, a aulas, que lhe ocupam tardes e noites. "Parece que está acontecendo, sim, um processo de convites (para shows). Até tinha alguns, mas havia dado um tempo, por estar envolvido com a faculdade. Me absorve bastante", explica.
No começo de janeiro, o mesmo Figueiredo o convidou para algumas apresentações em conjunto - antigos parceiros, os dois não se reuniam para tocar há cerca de uma década, segundo o flautista. Everson Vargas os assistiu em uma das noites e, então, surgiu a ideia de reunir o quarteto Tom Brasileiro, que foi uma das bandas da casa Sala Jazz Tom Jobim, em Porto Alegre, na virada dos anos 1990. Kiko Freitas, a quarta peça, tem nome associado a trabalhos com João Bosco, Toninho Horta e Milton Nascimento - ainda atua como professor convidado em universidades internacionais.
"Quando tocávamos, compus uma série de canções. Bossa nova, baião, frevo. E eles sempre gostaram. Então a ideia do Pedrinho (Figueiredo, que assumiu o projeto como diretor executivo) foi resgatar basicamente os trabalhos daquele período", afirma Dorfman. Ele também comandou a big band Orquestra Popular de Porto Alegre, da qual os quatro participavam. Junto com standards do jazz ou canções de Tom Jobim, ia colocando no repertório músicas suas, para as quais também escrevia arranjos. "Mas apresentei a eles algumas coisas mais recentes", continua o pianista, a respeito do repertório que será registrado nos dois shows. "É música brasileira, samba, frevo, maracatu... Com improviso de piano, baixo, mas não acho que seja um quarteto de jazz." Algumas das músicas nunca foram gravadas.
Além de faixas registradas em álbuns de outros artistas, Paulo Dorfman tem apenas dois discos, lançados em 2005 e 2010, e realizados em piano solo. O plano é fazer cerca de uma hora e meia de show e registrar até mais material do que o futuro projeto vai envolver - e com a troca de energia entre músicos e plateia, comum a apresentações.
Para os próximos meses, o maestro já tem alguns eventos alinhavados. No calendário do projeto mensal no Café Fon Fon, por exemplo, está prevista uma parceria a dois pianos com Michel Dorfman, seu filho. Na estreia da iniciativa, no começo de março, o convite foi para as cantoras Franciele Pereira (que foi sua aluna) e Sofia Cordeiro.
Outro plano, até mais antigo, também envolve Pedrinho Figueiredo, antecipa o próprio flautista. Ele é o produtor responsável por um projeto chamado Chorinhos de Paulo Dorfman, que venceu um edital do Fumproarte em 2016 e está em estado de espera. "Uma vez, o Dorfman me assistiu com o Samuca do Acordeon no Sobre rodas de choro e chimarrão e comentou que possuía vários choros", lembra Figueiredo. "Montei um projeto e fomos aprovados. Ali, me antenei: não posso me esquecer do Paulo (Dorfman), tenho que botar ele para tocar." A ideia é que os dois apresentem, em duo, trabalhos do pianista neste estilo, em um registro também ao vivo.
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