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Cultura

- Publicada em 09 de Março de 2018 às 13:04

Exposição coletiva com obras de mais de 30 artistas abre neste sábado no Iberê Camargo

Mostra Unânime noite - volume 3 reúne obras de artistas como Gustavo Torres

Mostra Unânime noite - volume 3 reúne obras de artistas como Gustavo Torres


/fotos EDUARDO ORTEGA/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
Arte, literatura e jogos surrealistas se misturam na proposta de Unânime noite - volume 3. A exposição coletiva tem inspiração em obras dos escritores argentinos Júlio Cortazar e Jorge Luis Borges, mas também na atividade conhecida como "cadáver esquisito" - no qual alguém escreve uma frase, dobra o papel e passa adiante para outra pessoa continue.
Arte, literatura e jogos surrealistas se misturam na proposta de Unânime noite - volume 3. A exposição coletiva tem inspiração em obras dos escritores argentinos Júlio Cortazar e Jorge Luis Borges, mas também na atividade conhecida como "cadáver esquisito" - no qual alguém escreve uma frase, dobra o papel e passa adiante para outra pessoa continue.
Composta por obras de 30 artistas, a mostra tem abertura neste sábado e pode ser vista até o dia 6 de maio, na Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique 2.000). As visitações acontecem nos sábados e domingos, das 14h às 19h.
Unânime noite é um projeto pessoal que o curador Bernardo José de Souza vem desenvolvendo há três anos. As edições anteriores aconteceram, respectivamente, em São Paulo e Vilnius, na Lituânia. "Surgiu da ideia de pensar a exposição como um jogo, não só para o possível autor ou curador, mas para os artistas e, sobretudo, o público", explica.
Cada montagem tem um recorte diferente. Dessa vez, participam trabalhos de artistas contemporâneos, como Daniel Jablonski. Eduardo Haesbaert, Elida Tessler, Guerreiro do Divino Amor, ÍO e Regina Silveira, além de três já falecidos: o holandês Bas Jan Ader (1942-1975), o escritor irlandês Samuel Beckett (1906-1989) e o próprio Iberê Camargo (1914-1994).
A iniciativa tem a estrutura semelhante à de um romance. O ponto de partida é um texto escrito pelo artista lituano Raimundas Malaauskas. Entretanto, em vez de capítulos subsequentes, são as obras de arte que compõem uma narrativa de ficção. O objetivo é proporcionar aos visitantes a construção de suas próprias versões à medida em que caminhem pelo espaço. "Espero que os trabalhos suscitem outras imagens e possibilidades. Eles são quase como pistas dentro de uma, digamos, narrativa maior, embora não haja nenhuma expectativa de desenvolver uma narrativa linear ou contar uma história do começo ao fim", afirma o curador.
De acordo com Bernardo José de Souza, o projeto vai ao encontro da ideia de que a mostra varia de acordo com o espectador. "E a memória de uma exposição sempre vai ser diversa e sofrer alterações ao longo do tempo", destaca ele.

Trabalho de Sara Ramos está na exposição coletiva. Foto: Eduardo Ortega/Divulgação/JC

Além dos jogos surrealistas, serviram como inspiração para Unânime noite o conto Ruínas circulares, em que Borges fala de um homem que sonha um outro homem, e o romance O jogo da amarelinha, de Cortázar. O autor convida o leitor a ler a narrativa como bem entende - linearmente, saltando de capítulo a capítulo, conforme instruções, ou ainda desenvolvendo sua própria lógica.
Como complemento temático, a Fundação Iberê Camargo também recebe o seminário O Império dos Sonhos - Loucura, Fantasia e Surrealismo - sempre sábados, às 16h. No primeiro fim de semana, a atração é o artista Daniel Jablonski, em uma conversa sobre o sono, o sonho, Freud e as noções de ócio e produtividade. A agenda da programação também vai incluir o curador Leo Felipe, a escritora Veronica Stigger e o artista Pablo Uribe.
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