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Cultura

- Publicada em 05 de Março de 2018 às 10:29

Cícero & Albatroz: um álbum construído em conjunto

Cícero volta ao Opinião no fim de semana para show com a banda Albatroz

Cícero volta ao Opinião no fim de semana para show com a banda Albatroz


/EDUARDO MAGALHÃES/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
Figura frequente nos palcos de Porto Alegre nos últimos anos, o carioca Cícero Rosa Lins, conhecido simplesmente como Cícero, volta ao Opinião (José do Patrocínio, 834) no fim de semana. A partir das 20h de sábado, o artista apresenta o show do seu quarto disco - o primeiro que assina junto à sua banda de apoio, a qual ganhou o nome de Albatroz. As entradas custam entre R$ 45 e R$ 140,00 e podem ser garantidas antecipadamente pelo site www.blueticket.com.br.
Figura frequente nos palcos de Porto Alegre nos últimos anos, o carioca Cícero Rosa Lins, conhecido simplesmente como Cícero, volta ao Opinião (José do Patrocínio, 834) no fim de semana. A partir das 20h de sábado, o artista apresenta o show do seu quarto disco - o primeiro que assina junto à sua banda de apoio, a qual ganhou o nome de Albatroz. As entradas custam entre R$ 45 e R$ 140,00 e podem ser garantidas antecipadamente pelo site www.blueticket.com.br.
Cícero & Albatroz foi lançado em dezembro, mas é resultado de um trabalho a longo prazo. O compositor foi formando o grupo aos poucos, inicialmente para interpretar as faixas presentes em Canções de apartamento (2011), Sábado (2013) e A praia (2015). Nos ensaios, os arranjos já ganhavam uma personalidade diferente, de acordo com a participação dos músicos. Chegou a hora, então, de registrar em estúdio a cara e a musicalidade dessa banda, formada por sete integrantes - Uirá Bueno (bateria), Bruno Schulz (programação e sintetizadores), Gabriel Ventura (guitarra), Pedro Carneiro (baixo), Vitor Tosta (trombone), Custódio (trompete) e Felipe Pacheco (violino).
A empreitada trouxe variações em relação ao processo criativo por trás dos álbuns anteriores. "Discutir as ideias em grupo é uma alteração da ideia", afirma o líder do conjunto, que já conhecia a dinâmica de um conjunto devido ao período em que integrou a Alice, banda independente na qual era vocalista e compositor. "Mas não é tão diferente pelo fato de que, como eu escrevi as letras, ainda tenho a responsabilidade de representar o que penso. Só que dessa vez elas têm que falar um pouco pelos outros, ou pelo menos ter um discurso que não seja agressivo a nenhum dos membros", reflete ele.
Com ritmo dançante e sopros, Aurora nº 1 abre o projeto mostrando o artista em um clima de celebração que diverge do intimismo sobressalente em boa parte de sua obra. No primeiro single, A cidade, o panorama já começa a mudar, com o cantor destacando a dinâmica caótica das metrópoles. Após a canção, a quinta das 10 do disco, a faceta mais reflexiva do carioca volta à tona. Não é por acaso: ele afirma pensar em seus trabalhos como um vinil, com lado A e lado B.
Nesse formato, a primeira face é tradicionalmente conhecida como aquela com os trabalhos mais populares; a segunda, por trabalhos mais experimentais ou alternativos. O novo registro faz jus a essa concepção - e inclusive à duração dos LPs, com menos de 40 minutos no total. "Tem um pouco dessa memória afetiva", afirma o guitarrista, completando: "A fita cassete também... Isso me educou um pouco. Meus discos têm algo dessas questões". Quando se tratar de consumir música, no entanto, o compositor demonstra não se apegar. Compra discos quando a arte lhe interessa, mas também adquire CDs e fitas cassetes. Em meio a tudo isso, há uma opção que usa com mais frequência: o streaming, algo com que teve um leve problema no ano passado, curiosamente.
O contrato de Cícero com a gravadora Deck terminou, e suas músicas foram retiradas de plataformas digitais até que a Sony, pela qual lançou no mercado o trabalho em dezembro, recolocasse as antigas. "Foram uns dois ou três meses sem os discos (em streaming)", afirma ele, lembrando que - assim como a maior parte dos músicos - tem nos espetáculos ao vivo sua principal fonte de renda.
Mercado fonográfico à parte, Cícero & Albatroz também marca a volta do compositor ao Rio de Janeiro, depois de dois anos morando em São Paulo. A mudança aconteceu já na reta final da turnê de A praia - projeto o qual ele fez na capital paulista, longe do mar. "Quando você se muda, muda drasticamente sua vida em alguns aspectos", destaca ele, citando que o novo endereço foi outro elemento que influenciou na concepção do trabalho de 2017. "Acho que é um pouco proposital eu me mudar bastante, talvez intuitivamente tentando fazer discos diferentes", sugere.
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