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Repórter Brasília

- Publicada em 27 de Março de 2018 às 22:43

O anticandidato candidatíssimo

Presidenciáveis, abaixem as armas: Michel Temer (PMDB) não é candidato. Ele é anticandidato. Prometeu à dona Marcela que, em 7 de outubro, seu nome não estaria na telinha da urna eletrônica. Será mesmo? Ulisses Guimarães costumava dizer aos críticos do então discreto presidente do PMDB paulista que Michel Temer era um político tão hábil que, se fosse relojoeiro, seria capaz de consertar um relógio de pulso vestindo luvas de box, rememorou o colunista Cláudio Humberto. Não haveria melhor metáfora para descrever um presidente com quase zero de aprovação nadando de braçada no torvelinho multipartidário brasileiro, observa o jornalista José Antônio Severo.
Presidenciáveis, abaixem as armas: Michel Temer (PMDB) não é candidato. Ele é anticandidato. Prometeu à dona Marcela que, em 7 de outubro, seu nome não estaria na telinha da urna eletrônica. Será mesmo? Ulisses Guimarães costumava dizer aos críticos do então discreto presidente do PMDB paulista que Michel Temer era um político tão hábil que, se fosse relojoeiro, seria capaz de consertar um relógio de pulso vestindo luvas de box, rememorou o colunista Cláudio Humberto. Não haveria melhor metáfora para descrever um presidente com quase zero de aprovação nadando de braçada no torvelinho multipartidário brasileiro, observa o jornalista José Antônio Severo.
Defender o legado
E o que dizer da candidatura de Temer, que será anunciada na Sexta-Feira Santa? Segundo se sabe, o presidente não irá, na disputa, até o final do primeiro turno. Seu objetivo é ocupar na televisão o espaço eleitoral vago para "defender seu legado". Como o PMDB não vai se juntar a nenhuma candidatura no primeiro turno, ele vai usar o tempo do partido para falar de seu governo, de suas vitórias e, principalmente, não deixar sem resposta os ataques que sofrer.
Achincalhe dos candidatos
Temer acredita que, se não tiver uma tribuna, será alvo para achincalhe de todos os candidatos, a exemplo de José Sarney (PMDB), na campanha de 1989. A única forma de escapar do corredor polonês é reservar para si um espaço de tevê no horário nobre.
Passa o bastão para Meirelles
Neste quadro, Temer, ocupando espaço, irá até as vésperas da eleição, quando renunciará à candidatura, passando o bastão a seu delfim, o ministro Henrique Meirelles (PSD), que estará na chapa como vice-presidente. Então o goiano, que hoje se considera pouco conhecido, estará na boca do povo, livre das críticas diretas enquanto sua figura se espalha, pois é perda de tempo atacar candidato a vice. Então, na reta final do primeiro turno, com o horário do PMDB à disposição e com Temer, pseudocandidato, dando a cara pra bater, o ex-ministro da Fazenda adentra fresquinho ao gramado, com a camiseta limpinha, como arma secreta para virar o jogo. Muito engenhoso.
Força na eleição
Melhor de tudo é aproveitar que Temer detém o governo nacional para fazer sua campanha de fortalecimento no poder em todos os demais níveis. Temer será um ator de primeira linha, pois tem a chefia de um governo. Com a caneta na mão, mesmo que, como candidato, seja fraquíssimo, terá muita força numa eleição.
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