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Política

- Publicada em 25 de Fevereiro de 2018 às 16:36

Pré-candidatos ao governo do Rio Grande do Sul se encontram em primeiro evento

Seis concorrentes falaram a prefeitos em evento da Famurs em Torres

Seis concorrentes falaram a prefeitos em evento da Famurs em Torres


/MARCO QUINTANA/JC
Marcus Meneghetti
Em pleno ano eleitoral, o primeiro encontro entre os pré-candidatos ao governo do Estado aconteceu em Torres na sexta-feira passada, último dia da Assembleia de Verão da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
Em pleno ano eleitoral, o primeiro encontro entre os pré-candidatos ao governo do Estado aconteceu em Torres na sexta-feira passada, último dia da Assembleia de Verão da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
A entidade reuniu seis pré-candidatos para responderem perguntas de gestores municipais: o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge (PDT); o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB); o ex-secretário de Planejamento e Gestão do governo Yeda Crusius (PSDB), Mateus Bandeira (Novo); o ex-ministro de Desenvolvimento Agrário da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Miguel Rossetto (PT); o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP); e o advogado Antonio Weck (PP).
Heinze e Weck disputam quem vai ser o candidato pelo PP, por isso, os dois dividiram o tempo de fala no evento. O pré-candidato do PTB, Ranolfo Vieira, também foi convidado. Ele chegou a confirmar presença, mas desmarcou por causa de compromissos da Secretaria de Segurança de Canoas, pasta da qual é o titular.
Embora não fosse propriamente um debate, pois os pré-candidatos não se confrontaram, o clima já era de campanha eleitoral. Tanto que, antes do início do evento, o presidente da Famurs, Salmo Dias (PP), pediu que a plateia - formada, principalmente, por prefeitos, vices e vereadores gaúchos - não se manifestasse durante o pronunciamento de cada representante partidário.
Durante o evento, ficou clara a convergência de ideias entre alguns candidatos. Por exemplo, Leite, Bandeira, Weck e Heinze defenderam um Estado mais liberal, focado nos principais serviços à população - saúde, segurança e educação. Também sugeriram Parcerias Público-Privadas (PPPs) para fazer investimentos em infraestrutura, como a construção de estradas asfaltadas nos municípios gaúchos.
Bandeira indicou que deve se apresentar na campanha como um "outsider" da política, propondo uma gestão essencialmente técnica. "A crise fiscal foi produzida por décadas de governos perdulários de todos os partidos. A corrupção é resultado de um Estado gigante, hipertrofiado, que sufoca o setor produtivo, os empreendedores e os trabalhadores com uma carga tributária estonteante", criticou o representante do Novo.
Embora tenha várias ideias parecidas com as de Bandeira, Leite deve se apresentar como a cara nova da política. "O Estado tem uma carga tributária maior que a de outros, é burocrático e ainda tem deficiência de infraestrutura. Mas, para mudar isso, não podemos negar a política. Vamos precisar de alguém que saiba se relacionar com outros poderes, sem radicalismo ou intransigência. Tenho convicções muito firmes em relação ao Estado e acho que posso trabalhar em conciliação com outros setores", avaliou o ex-prefeito de Pelotas.
Ao contrário dos pré-candidatos do Novo e do PSDB, Heinze citou a experiência como o diferencial da sua candidatura, visto que já foi prefeito de São Borja e está no quinto mandato na Câmara dos Deputados. "Conheço os municípios, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Tenho conhecimento como agrônomo, com atuação na iniciativa privada. Agora, queremos ajudar o Rio Grande a se desenvolver no governo do Estado", mencionou Heinze - que foi bastante aplaudido depois das suas falas. Weck disse que queria aliar a agenda liberal com a inclusão social. 
Por outro lado, Rossetto e Jairo Jorge também apresentaram algumas ideias consonantes, como, por exemplo, a posição contrária às privatizações. O ex-prefeito de Canoas deixou o PT no ano passado, ingressando no PDT. Jairo Jorge defendeu a desburocratização e a redução da carga tributária no Estado, além da criação de fundos de investimentos. "Proponho, também, a criação de um fundo de apoio aos municípios para obras locais; um fundo para a educação, alimentado pela lucratividade das empresas públicas; criar um fundo para a área da segurança com os ativos do Estado", citou o pedetista - que, assim como Heinze, foi bastante aplaudido pela plateia.
Rossetto defendeu a recriação do Gabinete dos Prefeitos, órgão com status de secretaria instituído pelo ex-governador Tarso Genro (PT, 2011-2014), cujo objetivo era articular o governo do Estado com as prefeituras gaúchas. 
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