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Política

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2018 às 18:34

Migração do crime para outros estados preocupa

Jungmann afirma que 'crime já é nacional' e pede ajuda de estados

Jungmann afirma que 'crime já é nacional' e pede ajuda de estados


/MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), reconheceu que "há uma preocupação" no governo com a possibilidade de "migração do crime", após a intervenção federal decretada no Rio de Janeiro. Jungmann citou, no entanto, que isso "acontece sempre que as forças de segurança agem com mais rigor" em uma determinada região.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), reconheceu que "há uma preocupação" no governo com a possibilidade de "migração do crime", após a intervenção federal decretada no Rio de Janeiro. Jungmann citou, no entanto, que isso "acontece sempre que as forças de segurança agem com mais rigor" em uma determinada região.
Segundo Jungmann, a reunião que ocorreu do ministro da Justiça, Torquato Jardim, com os secretários de segurança de Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo é fundamental para discutir como barrar o deslocamento das quadrilhas para os demais estados. Mas lembrou que "o crime já é nacional" e, por isso, "é importante a participação dos estados" para coibir o avanço sobre os demais estados.
Raul Jungmann afirmou ainda que o novo Ministério da Segurança Pública, a ser criado pelo presidente Michel Temer (PMDB), irá facilitar esse trabalho de integração de combate ao crime no País, no entrosamento e discussão de ações conjuntas entre os estados.
Na entrevista, Jungmann sinalizou ainda que, na semana que vem, o comandante militar do Leste, general Walter Braga Netto, deverá anunciar um plano de operação da intervenção. Não deu, no entanto, nenhum detalhe sobre o planejamento, embora ressalvasse que as Forças Armadas "estão e estarão integralmente empenhadas nessa missão". O ministro explicou que Braga Netto está no Rio, já reunido com seu Estado Maior para detalhamento do trabalho a ser desenvolvido.
Para o ministro, "é um cenário plausível a migração do crime", acrescentando que ela já ocorre hoje, por exemplo, dentro do próprio Rio de Janeiro, ou em Pernambuco, ou Goiás. " E é claro que preocupa", emendou. "Onde você tem uma eficácia maior das forças de segurança, o crime migra, e nós temos, sim, esta preocupação e temos de ter e de cuidar para que ela não se corporifique", prosseguiu o ministro. Ele acrescentou que "o presidente tem urgência" em anunciar a criação do Ministério, mas não sei quando será anunciado. "O ministério vai vir e deverá aglutinar todos os órgãos federais na área de segurança e os fundos que dizem respeito a isso", comentou.
Jungmann afirmou que não há definição sobre recursos que serão repassados para o Rio de Janeiro, por conta da intervenção. Ele citou que, para 2018, para as ações de Garantia da Lei e da Ordem, pela primeira vez, foi incluído no orçamento verba de R$ 100 milhões para ser empregada ao longo do ano. Estes recursos, no entanto, ainda não começaram a ser usados.
Ao ser indagado se seria possível recuperar a estrutura policial do Rio de Janeiro, que estaria sucateada por falta de recursos, o ministro da Defesa rebateu a tese dizendo que "eles têm dinheiro no orçamento".
De acordo com Jungmann, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), encaminhou a sua proposta de resgate fiscal do estado, queixando-se da demora com que esses recursos têm chegado ao estado; e o Ministério da Fazenda responde que é por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal e outras normas. "Eu acho que é preciso mais velocidade (na liberação dos recursos). Antes de a gente discutir o reforço a mais, porque se for necessário, o presidente Temer tem um compromisso com isso, é preciso fazer com que aconteçam os acordos, que eles sejam cumpridos", defendeu Jungmann. "Mas acho que a força policial, no Rio, ou em qualquer lugar, se estiver sucateada, não atende à necessidade de segurança da população", declarou ele.
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