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Assembleia Legislativa

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2018 às 22:45

Marlon Santos negocia alterações no projeto de adesão ao RRF

Governador em exercício, José Paulo Cairoli (e) recebe chefe do Legislativo

Governador em exercício, José Paulo Cairoli (e) recebe chefe do Legislativo


/MARCO QUINTANA/JC
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Marlon Santos (PDT), negociou ontem com o governador em exercício, José Paulo Cairoli (PSD), emendas ao projeto que autoriza o Rio Grande do Sul a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) - que deve ir à votação hoje, visto que está trancando a pauta do Parlamento, por já ter vencido o prazo de tramitação em regime de urgência.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Marlon Santos (PDT), negociou ontem com o governador em exercício, José Paulo Cairoli (PSD), emendas ao projeto que autoriza o Rio Grande do Sul a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) - que deve ir à votação hoje, visto que está trancando a pauta do Parlamento, por já ter vencido o prazo de tramitação em regime de urgência.
Depois da reunião na ala residencial do Palácio Piratini, no final da tarde, Marlon citou alguns pontos discutidos com Cairoli: a criação de um limite para o valor da parcela mensal empenhada na dívida; manter o reajuste do salário dos servidores públicos, em detrimento de aumentos reais em seus vencimentos; entre outros. Tais sugestões devem ser apresentadas através de emendas durante a apreciação da matéria.
"Citei a necessidade de demonstrar qual vai ser o limite que a União pode levar no pagamento da dívida mensal, que vamos ter que fazer depois que findar o período de carência (três anos, prorrogáveis por mais três). Outra questão é deixar previsto para onde escoaria o dinheiro que a União nos deve", mencionou o presidente da Assembleia. 
Ele continuou: "Tem ainda o tema do reajuste dos servidores. A maioria dos deputados entende que o aumento real é um sacrifício que deverá ser feito. Mas ponderei com o governador Cairoli, com o que ele concordou, que dá para reorganizar esse ponto, deixando claro que não haverá aumento real, mas o reajuste consagrado constitucionalmente vai permanecer".
Marlon afirmou ainda que as sugestões que levou ao Executivo foram "algumas ponderações que extraí dos meus colegas na tribuna e em reuniões no Parlamento". Antes da reunião no Piratini, ele recebeu, no gabinete da presidência da Assembleia, os parlamentares do PT - maior bancada de oposição - para discutir o RRF. Assim que os petistas deixaram seu gabinete, foi a vez de receber o líder do governo, Gabriel Souza (PMDB), para debater o mesmo tema.
Por fim, garantiu que o projeto do RRF entra na pauta do Parlamento hoje. "A votação vai sair se os colegas deputados quiserem dar quórum para isso. Mas acredito que sim (vai ter votação)", complementou o presidente do Parlamento.

Cairoli quer estabelecer uma 'relação mais harmoniosa' entre os Poderes

Depois de o Palácio Piratini ser derrotado durante a convocação extraordinária da Assembleia Legislativa - quando, no final de janeiro, os deputados estaduais não votaram nenhuma das matérias postas na pauta pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) -, o governador em exercício José Paulo Cairoli (PSD) se reuniu com o recém-empossado presidente da Assembleia, Marlon Santos (PDT), para "construir uma relação mais harmoniosa" entre os Poderes.
"Queremos construir uma relação construtiva, mais harmoniosa (com a Assembleia Legislativa), em benefício da coletividade. Sabemos que temos projetos sendo discutidos no Legislativo (como o do RRF, que não foi apreciado nas sessões extraordinárias), mas estamos tendo a maturidade para ouvir algumas propostas que foram muito bem aceitas", disse Cairoli depois da reunião com o presidente da Assembleia, no Palácio Piratini.
A relação entre o Executivo e Legislativo ficou desgastada depois que Sartori e o líder do governo, Gabriel Souza (PMDB), acusaram o ex-presidente do Parlamento Edegar Pretto (PT) - que conduziu as sessões extraordinárias - de ter agido de maneira "partidária" e "parcial" ao não acatar manobras da base aliada para garantir a votação do RRF. 

Oposição tenta no Judiciário barrar votação

Os deputados Pedro Ruas (PSOL), Stela Farias e Tarcísio Zimmermann (ambos do PT) e Juliana Brizola (PDT) protocolaram, ontem à tarde, no Tribunal de Justiça, um mandado de segurança para impedir a votação do projeto que autoriza o governo a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal da União. A matéria está trancando a pauta desde dezembro de 2017, quando venceu o prazo de tramitação em regime de urgência.
No pedido, os parlamentares citaram os artigos 165 e 166 do regimento interno da Assembleia, que determinam que não sejam apreciados projetos cujo conteúdo seja "inconcludente". Os deputados sustentam que o texto do Executivo se enquadraria nesse caso, pois dá a autorização para o governo fechar o acordo antes de negociar as cláusulas específicas. Por isso, defendem que só seja votado quando o governo apresentar a proposta concreta de recuperação fiscal e os termos específicos do acordo.