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Opinião

- Publicada em 26 de Fevereiro de 2018 às 17:34

Narcotráfico é negócio rendoso e com franquias

Raul Jungmann assumirá o novo Ministério da Segurança Pública. Ele esteve à frente das intervenções anteriores na Segurança Pública dos estados, como no Rio Grande do Norte. Apesar das críticas pela "falta de planejamento", o fato é que a cobertura midiática do que ocorreu no Carnaval do Rio de Janeiro generalizou, entre os cariocas, a frase de "não dá mais para aguentar". A nova pasta será responsável pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional e Secretaria de Segurança Pública, hoje vinculadas ao Ministério da Justiça.
Raul Jungmann assumirá o novo Ministério da Segurança Pública. Ele esteve à frente das intervenções anteriores na Segurança Pública dos estados, como no Rio Grande do Norte. Apesar das críticas pela "falta de planejamento", o fato é que a cobertura midiática do que ocorreu no Carnaval do Rio de Janeiro generalizou, entre os cariocas, a frase de "não dá mais para aguentar". A nova pasta será responsável pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional e Secretaria de Segurança Pública, hoje vinculadas ao Ministério da Justiça.
A intervenção na Segurança do Rio de Janeiro não busca, apenas, a pacificação ou, pelo menos, a diminuição do domínio de facções, grupos criminosos do milionário mundo do narcotráfico, cujo domínio, pelos valores envolvidos, com vidas nababescas, mansões, carros de luxo e filhos de chefes estudando na Europa, que atuam em comunidade carentes do Rio de Janeiro, têm resultado em assassinatos seletivos entre os próprios narcotraficantes, como divulgado.
Também há que patrulhar, dia e noite, as fronteiras secas, as rodovias e os rios que demarcam o Brasil de outros países. Por isso, o general Walter Souza Braga Netto, interventor federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, encontrará problemas para resolver nas forças policiais. Antes mesmo de começar a trabalhar, muitas vozes se levantaram contra a decisão de Brasília, classificando-a como "eleitoreira", com vistas às eleições de 2018. Porém, além da ação meramente policial no combate ao tráfico de drogas haverá uma recuperação de estruturas físicas e de locomoção, além de reforço financeiro para agilizar as atividades das Polícia Militar e Polícia Civil do Rio de Janeiro. No entanto, sem inteligência e investigação não difícil prender os chefões, que fazem encomenda e receptação de produtos roubados, cargas e drogas. Assim, as ações se eternizam apenas no varejo, nos delinquentes da ponta do narcotráfico e do roubo de cargas, com as facções criminosas. Além disso, a Polícia Civil do Rio de Janeiro tem defasagem de 15 mil profissionais. Já a Secretaria de Administração Penitenciária diz que faltam 2.500 agentes. Na Polícia Militar, o déficit é de 16 mil integrantes, e metade das 16 mil viaturas estão sem manutenção. Então, as atividades capazes de combater o crime organizado, com rastreamento, rastrear a lavagem de dinheiro e todo o circuito econômico que está por trás, isso não vem sendo feito.
Mais, o narcotráfico tem os pés fincados em autênticas franquias espalhadas por todos o País, com braços que enfeixam negócios variados, da extorsão ao roubo de cargas.
Importante saber que o Escritório de Drogas e Crimes da Organização das Nações Unidas anotou que o Brasil, além de ser corredor exportador de cocaína, virou um dos maiores mercados consumidores. A taxa de consumo da droga no País, ou 1,7% da população adulta, é quatro vezes maior do que a média mundial, de 0,4% dos adultos. Por isso, prende-se um Beira-Mar, um Nem, um Elias Maluco, mas entram no lugar outros da Rocinha, da Maré ou do Alemão. Nada muda substancialmente. Enfim, o que todos almejam, especialmente os cariocas, é que a intervenção faça bom trabalho neste 2018. Implante uma filosofia operacional de médio e longo prazo na Segurança do Rio de Janeiro.
Quem mais sofre é a população de baixa renda com o quase domínio da criminalidade em pontos da Cidade Maravilhosa, que tem, em razão disso, perdido muito do seu brilho e atração turística.
 
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