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Opinião

- Publicada em 26 de Fevereiro de 2018 às 16:37

A educação tem fome

Talvez a síntese das gestões da Educação no ano de 2017 tenha sido a proibição da repetição de alimentos nas escolas municipais com a justificativa de que a obesidade atinge as crianças e adolescentes. Síntese do cinismo embutido na medida e na contradição entre o discurso e a prática. Se, de um lado, as motivações dos gestores, do estado e de Porto Alegre, é a qualidade necessária, o "foco no aluno", a preocupação com sua saúde física, a eficácia de gestão.
Talvez a síntese das gestões da Educação no ano de 2017 tenha sido a proibição da repetição de alimentos nas escolas municipais com a justificativa de que a obesidade atinge as crianças e adolescentes. Síntese do cinismo embutido na medida e na contradição entre o discurso e a prática. Se, de um lado, as motivações dos gestores, do estado e de Porto Alegre, é a qualidade necessária, o "foco no aluno", a preocupação com sua saúde física, a eficácia de gestão.
De outro, praticam a redução brutal dos recursos investidos na área, congelamento e parcelamento dos salários dos e das trabalhadoras da Educação, atraso e falta de recursos para o custeio e manutenção das escolas, e redução dos insumos para alimentação escolar. Para o gestor do Estado, o principal problema da educação é o gasto com pessoal, e a solução é choque de gestão - fechamento, abandono de escolas e turmas e imposição de currículo mínimo; para o gestor do Município, o principal problema era a saída mais cedo dos alunos nas quintas-feiras para acontecer a reunião semanal - tempo que era recuperado com horário estendido de quatro horas e meia por turno - e sua solução foi e se repete nesse início de ano: a imposição de calendário escolar ampliando horas de aula dos professores, reduzindo tempo de formação e planejamento, reduzindo tempo do aluno na escola - tanto de turno integral com projetos culturais e esportivos, quanto de alimentação. Na real, ambos buscam formas de diminuir o número de professores/as, cerceando as possibilidades curriculares das escolas.
Modelo de Estado Mínimo, gerencialista e autoritário, de ausência completa de projeto pedagógico, esvaziado de compromisso com aprendizagem com a inclusão e a qualidade, desconhece a gestão democrática da Educação conquistada em lei e imprescindível para o envolvimento das comunidades escolares na sua evolução. Suas diretrizes de gestão descumprem os Planos Nacional e Municipal que estabelecem metas de ampliação e de qualidade com as respectivas estratégias para a área.
Vereadora de Porto Alegre (PT)
 
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