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Opinião

- Publicada em 20 de Fevereiro de 2018 às 16:01

Empréstimo para as obras paralisadas na Capital

Criticado por muitos, incluindo-se aí parte dos vereadores de Porto Alegre, o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), volta a escancarar a falta generalizada de verbas, de dinheiro sonante, na prefeitura. Reclama, com razão, que todos demandam seus interesses, mas poucos divulgam o essencial, que erros somados ao longo de décadas redundaram na falência financeira do município.
Criticado por muitos, incluindo-se aí parte dos vereadores de Porto Alegre, o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), volta a escancarar a falta generalizada de verbas, de dinheiro sonante, na prefeitura. Reclama, com razão, que todos demandam seus interesses, mas poucos divulgam o essencial, que erros somados ao longo de décadas redundaram na falência financeira do município.
Com a falência, veio a falta de condições até mesmo para serviços essenciais. O prefeito lembra que tapar buracos é importante, mas não tinha dinheiro para a merenda das creches municipais. A cooperativa que fazia a coleta de lixo no governo anterior, como no dele, ficou cinco meses sem receber e isso não teve o destaque - segundo ele - por parte da mídia local. "Reclamam, reclamam, mas ninguém quer se conscientizar, nem a elite empresarial, nem a classe média alta, nem a mídia porto-alegrense, nem os vereadores do que é preciso fazer, conjuntamente. Caso contrário, nós seremos o governo do Rio Grande do Sul logo adiante", bradou.
Por isso, veio em boa hora o contrato de financiamento de R$ 120 milhões para viabilizar a retomada das chamadas obras da Copa de 2014. O dinheiro será usado para pagar R$ 45,4 milhões em dívidas a empreiteiras, além de finalizar os trabalhos. Conforme o prefeito, a expectativa é que as obras sejam reiniciadas em torno de 30 dias. Porto Alegre tem previsão de déficit financeiro de R$ 708 milhões, para 2018. Lamentavelmente, mas não fato inesperado, as despesas estão estimadas em R$ 7,21 bilhões e as receitas, R$ 6,53 bilhões, com o citado déficit de R$ 708 milhões. Porém, o prefeito esclareceu que apesar das dificuldades financeiras, o governo está destinando mais recursos às áreas prioritárias como educação, saúde e segurança. Na saúde, o incremento é de 15,2%, valores que passam dos R$ 694,6 milhões para R$ 800 milhões. Na segurança, aumento de 21,7%, com R$ 60,4 milhões. Na educação, serão investidos R$ 803,3 milhões, mais 2,4%. Desta maneira, em saúde e educação, a prefeitura supera os percentuais constitucionais, de 15%, passando, respectivamente, para 22,5% e 25,31%, com a lei mandando investir 25%.
Também boa notícia para os servidores do município, a prefeitura começa a pagar o 13º vencimento de 2017. Cerca de 11 mil outros municipários anteciparam o valor junto ao Banrisul, em acordo pelo qual a prefeitura, mês a mês, honrará os débitos assumidos. Então, como o Produto Interno Bruto (PIB) Brasileiro foi pouco acima de 1% em 2017, a esperança é que se concretize, neste ano, uma retomada ainda maior da economia, com os inevitáveis e bons reflexos na arrecadação do Estado e das prefeituras, incluindo-se Porto Alegre.
A crise que assolou estados, com o Rio Grande do Sul no meio, bateu, fortemente, em Porto Alegre. Com a queda na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, o município viu minguar o retorno que garante cerca de 70% do orçamento da Capital. O prefeito Nelson Marchezan Júnior está enfrentando uma situação penosa, mesmo que alguns digam que faltam iniciativas para recompor o Tesouro da cidade. Mas, é uma simplificação que não encontra respaldo na realidade. Enfim, Porto Alegre, depois de um ano com escassez de verbas, começa a retomar o crescimento. Há muitas frentes de serviços e demandas a serem atendidas. O empréstimo não resolve tudo, mas é um bom começo ao retomar obras paralisadas.
 
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