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Opinião

- Publicada em 16 de Fevereiro de 2018 às 16:11

Pior do que a mentira é a convicção

Com o advento da internet e posteriormente com a popularização das redes sociais, a citação-título do filósofo alemão Friedrich Nietzsche do século XX torna-se extremamente atualizada, pois estamos nos tornando cada vez mais exclusivistas em nossas próprias opiniões sem espaço para o contraditório. Assim, nossas crenças se reforçam pelas evidencias que são postadas nos diferentes meios eletrônicos fazendo-nos acreditar que essa é a verdade absoluta dos diferentes temas que possam ser do nosso interesse.
Com o advento da internet e posteriormente com a popularização das redes sociais, a citação-título do filósofo alemão Friedrich Nietzsche do século XX torna-se extremamente atualizada, pois estamos nos tornando cada vez mais exclusivistas em nossas próprias opiniões sem espaço para o contraditório. Assim, nossas crenças se reforçam pelas evidencias que são postadas nos diferentes meios eletrônicos fazendo-nos acreditar que essa é a verdade absoluta dos diferentes temas que possam ser do nosso interesse.
Por que esse fato ocorre? Um dos sites de relacionamento, denominado de mídia social, mais popular internacionalmente é o Facebook, que, a partir do seu lançamento em fevereiro de 2004, no meu entendimento, agravou a estratificação opinativa do mundo reforçando os nichos de comportamento e opinião sobre fatos e atos que nos cercam. Por tratar-se de um algoritmo cuja rastreabilidade na rede reforça a convergência associativa de opiniões, a possibilidade de sermos impactados pelas informações adversas a que pactuamos se torna muito rara reforçando então nosso ponto de vista e por consequência nossa opinião. Neste processo, a "construção" de nossa memória é alimentada pelos dados que obtemos através dos nossos sentidos decorrente das leituras e vídeos postados no Facebook que assistimos. Esse processo se repetindo forja nosso entendimento e nossa atenção para que através do que os psicólogos denominam de cegueira por desatenção não percebamos nada além daquilo que não faça sentido ou significado ao que dispomos em nossas memórias.
Por fim, acredito que o papel do contraditório deva ser realizado por aqueles cuja maturidade de sua consciência permita ampliar e considerar o leque de possibilidades cuja certeza do que irá por vir somente o futuro responderá.
Consultor Empresarial e professor do pós-graduação da Unisinos
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