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Opinião

- Publicada em 13 de Fevereiro de 2018 às 15:34

A mais emblemática eleição de todos os tempos

Observando-se a lista de pré-candidatos à presidência da República, é praticamente impossível, neste momento, prever quem disputará o segundo turno das eleições em 28 de outubro de 2018, principalmente depois da condenação, em segunda instância, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo do triplex do Guarujá, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que pode levar ao impedimento de sua candidatura.
Observando-se a lista de pré-candidatos à presidência da República, é praticamente impossível, neste momento, prever quem disputará o segundo turno das eleições em 28 de outubro de 2018, principalmente depois da condenação, em segunda instância, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo do triplex do Guarujá, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que pode levar ao impedimento de sua candidatura.
Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha nos dias 29 e 30 de janeiro, dias após a condenação, coloca ex-presidente na liderança no primeiro turno, em vários cenários, e com possibilidades de vitória no segundo.
Em segundo lugar, aparece o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), seguido pela ex-senadora Marina Silva (Rede), pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), por Ciro Gomes (PDT) e outros mais. Dependendo do cenário, as posições se alteram a partir de Bolsonaro, mas Lula segue sempre na frente.
O provável impedimento de Lula, que segue interpondo recursos para concorrer, mas que reúne poucas chances de ter sua candidatura validada, muda completamente o panorama eleitoral. É impossível projetar quais dos demais candidatos que aparecem na pesquisa herdariam os votos de Lula ou se o ex-presidente conseguiria transferir automaticamente seu patrimônio eleitoral a um outro nome que PT venha a indicar.
Afora a indefinição do quadro eleitoral com ou sem Lula, há de se levar em conta que o apresentador da Rede Globo Luciano Huck ainda pode vir para a disputa. O animador de televisão das tardes de sábado, com o Caldeirão, ora diz que desistiu, ora deixa no ar a possibilidade de se lançar candidato.
"A possível inelegibilidade do ex-presidente aprofunda a crise de representação no cenário político e lança ainda mais incertezas sobre o pleito deste ano e seus desdobramentos. Em nenhum outro levantamento de intenção de voto para presidente já feito pelo instituto em ano eleitoral observou-se uma taxa tão elevada de brasileiros com a pretensão de votar em branco ou anular o voto", revelou o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, em artigo escrito em coautoria com o também diretor do instituto Alessandro Janoni.
A intenção manifestada pelo eleitor na pesquisa de exercer o voto nulo ou branco nas eleições de 2018 tem relação direta - isto parece óbvio - com o desencanto do cidadão comum com a política e com os políticos de um modo geral.
A Operação Lava Jato trouxe à tona recortes de como agem nos subterrâneos os políticos de má-fé, eleitos pelos brasileiros para representá-los, mas que usam o poder que lhes foi outorgado em causa própria e não em nome da sociedade.
O cidadão de bem não suporta mais ver e ouvir o que a mídia divulga diariamente sobre conchavos indecorosos envolvendo nossos representantes, que resultam em bilhões de recursos desviados para contas privadas. Isto, em um País que precisa melhorar o atendimento à saúde, à educação e à segurança; em um País que não tem estradas para transportar suas riquezas, que não oferece condições de saneamento e moradia digna à população.
Votar em branco ou anular o voto não é a solução. Ao contrário, é comparecendo às urnas e votando em homens de bem que vamos conseguir mudar o País. Ao eleitor cabe examinar com acuidade os nomes que vão figurar na urna eletrônica.
Hoje, vivemos em uma sociedade conectada, em que a informação transita na palma da mão de forma acessível e rápida a grande parte da população. É preciso, no entanto, ficar atento às notícias falsas e não replicar aquilo que não parece verdade.
Nesta ou em qualquer eleição, para que possamos votar bem e cobrar depois, a palavra de ordem é pesquisar.
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