O partido governista Congresso Nacional Africano (CNA) deu ao presidente sul-africano, Jacob Zuma, de 75 anos, 48 horas para que renuncie, do contrário, será retirado do poder, informou a TV estatal SABC. O prazo começou a contar na segunda-feira.
Após uma reunião emergencial de mais de oito horas em Pretória, capital administrativa da África do Sul, o líder do CNA e vice-presidente, Cyril Ramaphosa, entregou o ultimato pessoalmente a Zuma. Na segunda-feira, a imprensa noticiou que Zuma havia concordado em renunciar e que os detalhes sobre como proceder estavam sendo discutidos. Porém, o porta-voz do presidente, Bongani Ngqulunga, qualificou o relato de "fake news" (notícia falsa). Ramaphosa, de 65 anos, diz que tem mantido conversas com Zuma sobre uma transferência de poder e havia afirmado que a reunião da executiva do CNA era para "finalizar" a situação.
Presidente do país desde 2009, Zuma enfrenta pressão do partido e da oposição para renunciar ao cargo em meio a uma série de denúncias de corrupção. Na semana passada, o Parlamento adiou o Discurso sobre o Estado de União que ele faria e deve votar, no dia 22, uma moção de não confiança para tirá-lo do cargo.