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Internacional

- Publicada em 06 de Fevereiro de 2018 às 15:40

Secretário-geral da ONU reforça urgência de solução de dois Estados

Congelamento de verba para agência das Nações Unidas gerou protestos

Congelamento de verba para agência das Nações Unidas gerou protestos


/MAHMUD HAMS/AFP/JC
O consenso internacional sobre uma solução de dois Estados para acabar com o conflito entre Israel e Palestina pode erodir "em um momento em que é mais importante do que nunca", afirmou ontem o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, chamando a "questão palestina" de um dos temas não resolvidos há mais tempo na agenda das Nações Unidas.
O consenso internacional sobre uma solução de dois Estados para acabar com o conflito entre Israel e Palestina pode erodir "em um momento em que é mais importante do que nunca", afirmou ontem o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, chamando a "questão palestina" de um dos temas não resolvidos há mais tempo na agenda das Nações Unidas.
"Precisamos enfrentar a difícil realidade atual", disse Guterres na abertura da sessão de 2018 do Comitê para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, criado pela Assembleia Geral da ONU em 1975 para buscar o fim da ocupação israelense e garantir a conquista de uma solução de dois Estados para o conflito no Oriente Médio. "Tendências negativas têm o potencial de criar uma irreversível realidade de um Estado que é incompatível com a realização das aspirações nacionais legítimas, históricas e democráticas, tanto de israelenses como de palestinos", acrescentou.
Após décadas, "a convergência e o consenso global podem estar ruindo, tornando a ação conjunta mais difícil", enfatizou Guterres, lembrando que a expansão ilegal de assentamentos na Cisjordânia ocupada é "um importante obstáculo para a paz" que precisa ser "interrompida e revertida". Além disso, a situação econômica e humanitária da Faixa de Gaza permanece grave. Segundo projeções de agências da ONU nos territórios ocupados, a menos que ações concretas sejam tomadas para melhorar os serviços básicos e a infraestrutura, o enclave palestino se tornará inviável até 2020.
"Gaza permanece esmagada por bloqueios incapacitantes e um estado de constante emergência humanitária", afirmou Guterres. Cerca de 2 milhões de palestinos enfrentam diariamente crises de eletricidade, desemprego crônico e uma economia paralisada em meio a um desastre ambiental em andamento.
A presença da ONU na região será prejudicada em razão do mais novo corte de recursos para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa), afetando os serviços críticos e "ameaçando segurança, direitos e dignidade de 5 milhões de refugiados palestinos no Oriente Médio". "Apelo à generosidade da comunidade internacional para não deixar isso ocorrer", pediu Guterres, acrescentando que "a reconciliação é um passo-chave para atingir o objetivo maior de um Estado palestino e de uma paz duradoura".
Por fim, o secretário-geral da ONU reiterou seu compromisso em apoiar os esforços das partes rumo a uma solução de dois Estados. "Esta é a única forma de garantir os direitos inalienáveis do povo palestino e uma solução sustentável para o conflito", concluiu.
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