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- Publicada em 01 de Fevereiro de 2018 às 09:56

Novo medicamento contra febre amarela é testado

Remédio de hepatite C tornou-se opção em São Paulo e Minas Gerais e tratamento será melhor estudado

Remédio de hepatite C tornou-se opção em São Paulo e Minas Gerais e tratamento será melhor estudado


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Agência Estado
O aumento de casos de febre amarela no Estado de São Paulo desencadeou uma série de ações para buscar meios de tratar a doença e produzir avanços na identificação de áreas que podem ser atingidas pelo vírus. Atualmente, a febre amarela não tem tratamento específico e geralmente consiste apenas em aliviar os sintomas da doença que o indivíduo apresenta. 
O aumento de casos de febre amarela no Estado de São Paulo desencadeou uma série de ações para buscar meios de tratar a doença e produzir avanços na identificação de áreas que podem ser atingidas pelo vírus. Atualmente, a febre amarela não tem tratamento específico e geralmente consiste apenas em aliviar os sintomas da doença que o indivíduo apresenta. 
Depois dos transplantes de fígado em pessoas que desenvolveram a forma grave da doença, realizados no Hospital das Clínicas e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pacientes de São Paulo e de Minas Gerais começaram a receber tratamento com um remédio para hepatite C, técnica que será estudada por pesquisadores dos dois Estados. A febre amarela não tem tratamento específico.
"Percebeu-se que o vírus da febre amarela é do mesmo grupo do vírus da hepatite C, que se beneficiou muito com o tratamento. A primeira possibilidade foi avaliar se era possível fazer a mesma coisa com o vírus da febre amarela", explica o secretário de Estado da Saúde David Uip.
Nesta fase inicial, a oferta está sendo feita por meio do uso compassivo. "É quando um laboratório consente usar o remédio para outra definição, o pesquisador acha que vai dar certo e quando o paciente e seus familiares permitem que isso seja feito. Está ocorrendo neste mês de janeiro em alguns hospitais do Estado de São Paulo e também de Minas Gerais. Percebeu-se que isso pode ser uma alternativa e isso está sendo transformado em um protocolo de pesquisa", diz o secretário.
Segundo ele, todas as fases do protocolo clínico voltado para o uso desses medicamentos para casos de febre amarela serão realizadas, como os testes e a análise pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), mas que o objetivo é que haja agilidade na pesquisa. "Todas as etapas serão respeitadas." O estudo será realizado pela Universidade de São Paulo (USP), Instituto de Infectologia Emílio Ribas e um hospital de Minas.
Até o momento, já foram realizados seis transplantes de fígado em pacientes com a doença e um deles, de Campinas, morreu. "Isso é inusitado, é a primeira vez que se faz no mundo. O Hospital das Clínicas já fez cinco transplantes e a Unicamp fez um. Temos São José do Rio Preto apto a fazer transplantes e outros centros que também farão. Talvez estejamos diante de uma possibilidade de curar a hepatite fulminante (causada) pelo vírus da febre amarela." 
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