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Economia

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2018 às 22:34

Venda do vale-refeição ajuda a ampliar renda

Pesquisa mostra que 39% dos brasileiros têm o hábito de analisar os gastos feitos com os tíquetes recebidos

Pesquisa mostra que 39% dos brasileiros têm o hábito de analisar os gastos feitos com os tíquetes recebidos


/ANDRé netto/ARQUIVO/JC
Apesar de a comercialização de benefícios como vale-restaurante e vale-alimentação ser caracterizada como crime de estelionato e punível até mesmo com a demissão por justa causa, a prática é bastante comum entre os trabalhadores brasileiros. De acordo com um levantamento realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), três em cada 10 (30%) consumidores já venderam o tíquete-refeição que recebem de seu empregador, mesmo que ocasionalmente (15%). Para 14%, essa é uma prática frequente. Os que declararam nunca recorrer a essa prática somam 44% dos entrevistados, ao passo que 26% não recebem o benefício.
Apesar de a comercialização de benefícios como vale-restaurante e vale-alimentação ser caracterizada como crime de estelionato e punível até mesmo com a demissão por justa causa, a prática é bastante comum entre os trabalhadores brasileiros. De acordo com um levantamento realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), três em cada 10 (30%) consumidores já venderam o tíquete-refeição que recebem de seu empregador, mesmo que ocasionalmente (15%). Para 14%, essa é uma prática frequente. Os que declararam nunca recorrer a essa prática somam 44% dos entrevistados, ao passo que 26% não recebem o benefício.
O levantamento demonstra que há uma série de razões para explicar esse comportamento de vender o tíquete-refeição, todas elas ligadas, de alguma forma, à necessidade de consumir ou aumentar a renda pessoal. Na avaliação dos próprios entrevistados, 29% tomam essa atitude para complementar a renda e 25%, para realizar compras no dia a dia. Outros 22% o fazem para pagar contas ou dívidas, e 22% poupam o dinheiro que recebem em troca.
"Além de ser uma prática ilícita, tanto para quem vende quanto para quem compra, trocar o tíquete-refeição por dinheiro é mau negócio, pois sempre existe um percentual de desconto exigido pelo comprador, o que faz com que com o consumidor perca parte do valor real do benefício. Segundo a legislação trabalhista, é um benefício que deve ser utilizado exclusivamente para alimentação em restaurantes ou fazer compras em supermercados", explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
O mesmo estudo ainda mostra que parte considerável dos trabalhadores não exerce qualquer controle sobre o uso do vale-refeição ou do vale-alimentação. Mais de um terço dos consumidores (36%) não costuma analisar os gastos que faz com esse benefício, contra 39% que são mais cuidadosos nesse sentido.
Reflexo dessa falta de controle, muitos chegam ao fim do mês com o saldo do tíquete-refeição zerado. De acordo com o levantamento, 17% dos consumidores extrapolam com frequência o valor que recebem por mês, e 21% às vezes incorrem nesse tipo de comportamento. Os que sempre gastam o valor dentro do limite estabelecido somam 39% da amostra. Em cada 10 que extrapolam o valor do vale-refeição, três (30%) justificam que a quantia recebida é muito baixa se comparada ao preço médio dos restaurantes na região em que trabalham.
Outra constatação é que 49% dos entrevistados gastam, ainda que ocasionalmente, o valor do tíquete-refeição com outras finalidades além do almoço nos dias de expediente, como café da manhã e lanches em padarias, saídas aos fins de semana, entre outros gastos relacionados ao lazer, e por isso o valor acaba antes do fim do mês.
 
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