Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

conjuntura internacional

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2018 às 20:07

PIB dos EUA é projetado em 3,1% neste ano

Reforma fiscal corporativa poderá levar a um aumento salarial anual

Reforma fiscal corporativa poderá levar a um aumento salarial anual


/BRENDAN SMIALOWSKI/AFP/JC
O Conselho Econômico da Casa Branca informou em relatório publicado ontem que projeta expansão do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos de 3,1% em 2018 e acima de 3% até 2020, acima da taxa de 2,5% do ano passado.
O Conselho Econômico da Casa Branca informou em relatório publicado ontem que projeta expansão do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos de 3,1% em 2018 e acima de 3% até 2020, acima da taxa de 2,5% do ano passado.
Em um longo texto em que exalta a política econômica do presidente Donald Trump, a equipe de conselheiros do governo americano estimou ainda que a implementação da agenda de reformas levaria o PIB à taxa de crescimento anual médio de 3% ao longo da próxima década.
"Esperamos que a desregulamentação e o investimento em infraestrutura compensem parcialmente a redução da contribuição para o crescimento vinda da redução de impostos", diz o texto. Na avaliação dos conselheiros de Trump, a reforma tributária aprovada no final do ano passado está entregando o resultado esperado.
"O Conselho projeta que a reforma fiscal corporativa do presidente Trump levará a um aumento salarial anual de US$ 4 mil aos trabalhadores americanos. O PIB deve ter expansão de 1,3 a 1,6 ponto percentual nos próximos três anos por causa da reforma tributária. Até a data, mais de 370 empresas anunciaram novos investimento, bônus ou outros benefícios como resultado da reforma tributária, que afetará positivamente 4,1 milhões de trabalhadores", afirmaram os conselheiros.
Ao comentar a política comercial de Trump, o relatório do Conselho Econômico diz que o presidente americano "busca reprimir práticas comerciais injustas".
"O presidente Trump está defendendo trabalhadores e empresas americanas, aplicando regras e garantindo que os negócios sejam justos e recíprocos", afirmaram. "Dadas as vantagens competitivas dos EUA, os setores de energia e agricultura estão bem posicionados para se beneficiarem dessas políticas e aumentarem suas exportações para o resto do mundo."
O texto do Conselho Econômico destaca ainda que Trump procura melhorar os acordos comerciais existentes nos Estados Unidos "que não alcançaram o resultado pretendido e negociar novos que quebrarão as barreiras às exportações" do país.
 

Fed eleva previsão para crescimento dos EUA

Autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) concordaram, no mês passado, que a aceleração do crescimento econômico do país fortaleceu seus planos de continuar apertando a política monetária neste ano.
No fim do mês passado, os dirigentes acreditavam que a economia estava posicionada para crescer mais rápido do que quando eles se reuniram em dezembro, de acordo com a ata da reunião de janeiro.
Após a reunião de dezembro, o Congresso aprovou cortes de impostos maiores do que os dirigentes haviam antecipado. O mercado acionário também marcou sucessivos recordes no último mês do ano passado, o que os fez pensar que a economia ganharia um novo impulso.
Também depois da reunião de janeiro, o Congresso aprovou um plano de gastos do governo maior do que o esperado. Como resultado, economistas projetaram que o Fed vai precisar elevar os juros um pouco mais rápido para garantir que a economia permaneça num ritmo uniforme.
Quando os dirigentes do Fed se reuniram em janeiro, muitos haviam elevado suas estimativas para o crescimento econômico, citando aumento dos preços das ações e juros dos Treasuries relativamente baixos, bem como "informações sugerindo que os efeitos do corte de impostos - embora incertos - poderiam de alguma forma maiores que o pensado anteriormente", diz a ata.
Outros disseram que as perspectivas para que a economia se saísse melhor do que eles esperavam também aumentaram. "A maioria dos participantes notou que uma perspectiva mais sólida para o crescimento da economia aumentou a probabilidade de que uma elevação mais gradual da política monetária seria apropriado", de acordo com a ata.
Autoridades do Fed "alertaram que desequilíbrios nos mercados financeiros podem começar a emergir ao passo em que a economia continua a operar acima do potencial".

Nova versão de acordo da Parceria Trans-Pacífico é divulgada

Uma nova versão do acordo comercial chamado Parceria Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês) foi divulgada ontem. A iniciativa abrange 11 países da região do Pacífico, como Japão, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, e deve ser firmada em março, embora não entre em vigor até que seja ratificada por cada nação individualmente.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou adiante sua promessa de campanha e retirou seu país da iniciativa. Nesta semana, o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, visita os EUA e deve discutir a possibilidade de Trump suavizar sua oposição ao acordo transnacional.
O governo da Nova Zelândia, por sua vez, divulgou estimativa sobre o TPP. Segundo ele, a economia do país deve receber um impulso de 1 ponto percentual, caso os exportadores enfrentem menores tarifas em produtos como kiwi, vinho e carne.

Economista-chefe do BoE sinaliza possível alta de juros

Altos funcionários do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) sinalizaram que permanecem no caminho para elevar as taxas de juros nos próximos meses no país, à medida que a economia global continua em expansão robusta.
Em testemunho escrito e oral aos legisladores, o presidente do BoE, Mark Carney, afirmou que espera que o crescimento global dinâmico impulsione a economia do Reino Unido mesmo que haja incerteza sobre a estrutura de relacionamento do país com a União Europeia após o Brexit.
"O crescimento global agora está mais forte, mais amplo e saudável do que há algum tempo", disse Carney, em um relatório anual aos legisladores do comitê do Tesouro do parlamento, que examina a política econômica.
O economista-chefe da instituição, Andy Haldane, disse acreditar que os riscos para o crescimento e a inflação no Reino Unido "pendem para o lado positivo" e que os custos de empréstimos na Grã-Bretanha talvez precisem aumentar ainda mais rápido do que o previsto no início do mês para que a inflação convirja para a meta anual de 2%. "Eu acho que existe o potencial de um impulso maior do que o esperado no crescimento e na inflação globais e no Reino Unido", disse Haldane. O BoE aumentou sua taxa de juros de referência pela primeira vez em uma década em novembro, elevando-o para 0,5%. Carney e Haldane ressaltaram ainda que um Brexit desordenado continua a ser a principal ameaça que a economia britânica enfrenta.