Pelo sexto pregão consecutivo, o Ibovespa fechou em alta ontem, firmando-se no patamar histórico dos 86 mil pontos. Na segunda etapa do dia, o índice à vista chegou a furar o nível dos 87 mil pontos, em consonância ao tom aparentemente mais suave da ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
A primeira leitura do documento embalou o otimismo dos mercados por indicar que os dirigentes do banco central dos Estados Unidos ainda não mudaram seus planos a respeito do ritmo do aperto monetário. Perto do fim da sessão de negócios, entretanto, o índice à vista diminuiu bem a velocidade dos ganhos - com parte dos investidores tendo entendimento contrário da mensagem - e encerrou o dia com valorização de 0,29%, aos 86.051 pontos.
"A ata não foi tão dura quanto o comunicado, e aí abriu caminho para o mercado acionário norte-americano surfar na onda e o nosso, que já estava forte, foi junto", disse Lucas Marins, analista da Ativa Investimentos.
Muito embora tenha conseguido força suficiente para alcançar uma nova marca histórica apesar das perspectivas sobre a política monetária norte-americana, a bolsa brasileira tem tido um comportamento descolado de seus pares em Nova Iorque, operando por todo o pregão em terreno positivo.
A moeda norte-americana operou em baixa na maior parte do dia, com o viés determinado, em boa medida, pelo fluxo de recursos para a bolsa. As diferentes interpretações da ata do Fed, no entanto, acabaram por comandar as oscilações perto do final dos negócios. No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,21%, cotado a R$ 3,2660.