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Transporte

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2018 às 15:24

Ainda sem asfalto, a BR-163 volta a ter filas

Governo não conseguiu cumprir promessa de entregar pavimentação

Governo não conseguiu cumprir promessa de entregar pavimentação


RAIMUNDO PACCÓ/FRAMEPHOTO/FOLHAPRESS/JC
O governo não conseguiu cumprir a promessa de entregar a pavimentação da BR-163 neste ano, compromisso assumido um ano atrás pelo Palácio do Planalto. A estrada, que se transformou na principal rota rodoviária de escoamento de carga do País, segue enfrentando filas de caminhões, paralisações e atoleiros.
O governo não conseguiu cumprir a promessa de entregar a pavimentação da BR-163 neste ano, compromisso assumido um ano atrás pelo Palácio do Planalto. A estrada, que se transformou na principal rota rodoviária de escoamento de carga do País, segue enfrentando filas de caminhões, paralisações e atoleiros.
O compromisso era que a rodovia, conhecida como Cuiabá-Santarém, estaria plenamente asfaltada no trecho paraense, interligando a produção de Mato Grosso aos novos portos fluviais do Pará, em Itaituba, no rio Tapajós. O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, garantiu que não haveria atoleiro na safra deste ano. O mesmo foi dito pelo titular da Agricultura, Blairo Maggi.
Ficou na promessa. O Dnit ainda tem cerca de 160 quilômetros da estrada em obras e só deve entregar todo o trecho asfaltado em meados de novembro. O batalhão de engenharia e obras do Exército, que atua em outros 60 quilômetros da estrada em leito natural no Pará, só deve concluir suas obras no final de 2019.
"Garantimos recursos. Fizemos tudo que era possível fazer. Infelizmente, tivemos problemas com uma empresa, que não conseguiu entregar as obras. Entramos com o Exército, mas os prazos para contratação da legislação brasileira são muito grandes. É complicado", disse Quintella.
Apesar dos atrasos, o governo garante que não ocorrerá, neste ano, o que se viu em anos anteriores, com filas intermináveis de milhares de caminhões abarrotados de grãos, esperando a lama secar. "Montamos uma operação de guerra na estrada para não acontecer o que aconteceu no ano passado. Estamos com apoio do Exército, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e agentes do Dnit", afirmou o ministro.
Os problemas no trecho, porém, já começaram a ocorrer. Desde a semana passada, o tráfego está parcialmente interditado na altura de Novo Progresso (PA) para caminhões carregados, com tempo de parada estimado em 125 horas, podendo variar para mais ou para menos.
Segundo o Dnit, para evitar o acúmulo de veículos em Moraes Almeida (PA), a fila de caminhões em Novo Progresso está sendo liberada gradativamente. "Mesmo com o clima seco, a pista continua escorregadia, o que dificulta a tração dos caminhões nos trechos em aclive. O tempo de parada em Moraes Almeida é estimado em nove horas. No sentido Sul, rumo a Mato Grosso, embora lento, o tráfego de caminhões descarregados é contínuo", informou a autarquia.
Segundo o órgão, 220 trabalhadores - incluindo agentes de trânsito, servidores e colaboradores do Dnit, efetivo do Exército e agentes da PRF - foram mobilizados desde dezembro para garantir a trafegabilidade.

Ranking da CNT aponta os 10 piores trechos de rodovias no País

No ranking das 10 piores ligações rodoviárias do País, boa parte das estradas está situada em regiões agrícolas, dificultando o escoamento das safras e o trânsito da produção. O levantamento consta na 21ª Pesquisa CNT de Rodovias, feito pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Sest/Senat.
Para esta edição, referente ao ano de 2017, foram percorridos 105.814 km de estradas, representando um aumento de 2,5% em relação à extensão pesquisada no ano anterior, sendo que o País tem 212.866 km de rodovias pavimentadas, contrapondo-se a 1,365 milhão de km de rodovias não pavimentadas, conforme o Sistema Nacional de Viação (SNV).
Três variáveis foram levadas em conta: pavimento, sinalização e geometria da via. "Enquanto as 10 melhores ligações rodoviárias estão localizadas no estado de São Paulo e são concessionárias, as 10 piores estão sob gestão pública e localizam-se, na sua maioria, no Norte e no Nordeste", diz a nota da CNT.
Veja o ranking das 10 piores ligações rodoviárias no Brasil:
  1. Trecho entre Natividade (TO) e Barreiras (BA): BA-460, BA-460/BR-242, TO-040 e TO-280. A classificação geral da ligação rodoviária foi "péssimo"
  2. Trecho entre Marabá (PA) e Dom Eliseu (PA): BR-222. A ligação recebeu classificação geral "ruim"
  3. Trecho entre Jataí (GO) e Piranhas (GO): BR-158. Trecho com classificação "ruim"
  4. Trecho entre Marabá (PA) e Wanderlândia (TO): BR-153, BR-230 e PA-153/BR-153. Classificação geral "ruim"
  5. Trecho entre Rio Verde (GO) e Iporá (GO): GO-174. Trecho considerado "ruim"
  6. Trecho entre Belém (PA) e Guaraí (TO): BR-222, PA-150, PA-151, PA-252, PA-287, PA-447, PA-475, PA-483 e TO-336. Classificação geral "ruim"
  7. Trecho entre Teresina (PI) e Barreiras (BA): BR-020, BR-135, BR-235, BR-343, PI-140,PI-141/BR-324 e PI-361. Classificação geral "ruim"
  8. Trecho entre Barracão (PR) e Cascavel (PR): BR-163, PR-163/BR-163, PR-182/BR-163 e PR-582/BR-163. Classificação geral "regular"
  9. Trecho entre Brasília (DF) e Palmas (TO): BR-010, DF-345/BR-010, GO-118, GO-118/BR-010, TO-010, TO-050, TO-050/BR-010 e TO-342. Classificação considerada "regular"
  10. Trecho entre Florianópolis (SC) e Lages (SC): BR-282. Classificação geral "regular"