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Economia

- Publicada em 06 de Fevereiro de 2018 às 22:40

Negócios na Expodireto devem crescer 20%

Nei Mânica, da Cotrijal, aposta em boa safra de soja para impulsionar as vendas na feira em Não-me-Toque

Nei Mânica, da Cotrijal, aposta em boa safra de soja para impulsionar as vendas na feira em Não-me-Toque


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Guilherme Daroit
Transformada em ícone do agronegócio brasileiro em pouco tempo - 2018 marca apenas a sua 19ª edição -, a Expodireto Cotrijal prevê um forte crescimento no volume de negócios da feira neste ano. A projeção da organização do evento, lançado ontem na Capital, é de um aumento de até 20% sobre os R$ 2,1 bilhões movimentados na edição de 2017. O início de retomada da economia nacional, a queda nos juros e as boas expectativas quanto à safra de soja são apontados como motivos para o otimismo em relação à feira, que acontece de 5 a 9 de março, em Não-Me-Toque.
Transformada em ícone do agronegócio brasileiro em pouco tempo - 2018 marca apenas a sua 19ª edição -, a Expodireto Cotrijal prevê um forte crescimento no volume de negócios da feira neste ano. A projeção da organização do evento, lançado ontem na Capital, é de um aumento de até 20% sobre os R$ 2,1 bilhões movimentados na edição de 2017. O início de retomada da economia nacional, a queda nos juros e as boas expectativas quanto à safra de soja são apontados como motivos para o otimismo em relação à feira, que acontece de 5 a 9 de março, em Não-Me-Toque.
"É um ano bastante importante para nós na economia. Mesmo com Copa do Mundo e eleições, o agronegócio não para, precisa continuar produzindo", declarou, no ato, o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, que descreve o evento como um espaço para que o agronegócio encontre informação, conhecimento e tecnologia. A grande tendência neste ano, para o dirigente, deve ser a agricultura digital, termo que designa a adoção de novas tecnologias da informação, como a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) no maquinário agrícola.
Sobre a expectativa de negócios, Mânica argumenta que o montante a ser transacionado na feira depende muito do cenário no campo no momento. "Se a colheita da soja estiver confirmando as projeções de mais uma grande safra, os negócios tendem a ser mais volumosos", projeta. Mesmo admitindo a preocupação com cadeias como o leite, o trigo e o arroz, Mânica lembra que o impacto da soja, que não apresenta maiores problemas por enquanto, é muito forte no evento.
Mesmo que seja um aumento considerável, o dirigente também recupera o histórico da Expodireto para justificar a expectativa. Em 2014, por exemplo, o volume de negócios alcançou R$ 3,2 bilhões, ápice visto antes da crise do País. Dois anos depois, no auge da recessão, o montante desabou para menos da metade, R$ 1,5 bilhão. No ano passado, já houve uma boa retomada com os R$ 2,1 bilhões alcançados, mas ainda há, portanto, espaço a ser recuperado. Mânica contou, ainda, que as instituições financeiras confirmaram grandes volumes de crédito pré-aprovado aos produtores. "Vão atender à demanda com tranquilidade", assegura.
Ao todo, serão mais de 500 expositores que buscarão a atenção de um público de 240 mil visitantes esperados nos cinco dias de feira, número igual ao de 2017. Eles virão de mais de 70 países, condição comemorada pelos organizadores.
Presente ao lançamento, o governador do Estado, José Ivo Sartori, parabenizou a Cotrijal pela organização de uma feira que "superou os limites de Não-Me-Toque e mesmo do Estado". O governador também salientou que o evento é um dos símbolos da força do campo, e o classificou como um retrato do próprio Rio Grande do Sul, na sua visão, "forte e aguerrido mesmo com todas as dificuldades". "O campo mostra que é um local de profunda modernização, com as novas gerações indo atrás de novas tecnologias para melhorar a produtividade, mas sem nunca abandonar aquilo que aprenderam de seus pais", declarou.
Sartori ainda aproveitou para defender a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), em debate na Assembleia Legislativa. "Confio nos deputados e no papel fundamental da Assembleia em assegurar a oportunidade de mantermos aqui R$ 11,3 bilhões (economia estimada pelo governo nos três anos de vigência) e não mandar para os cofres da União", afirmou o governador, defendendo que o momento é de "união, força e solidariedade".
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