Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Tecnologia

- Publicada em 26 de Fevereiro de 2018 às 22:04

Automação logística é caminhos em volta para o setor industrial

Via Marte é uma das empesas envolvidas no projeto de inovação

Via Marte é uma das empesas envolvidas no projeto de inovação


/FREDY VIEIRA/JC
Com uma concorrência cada vez mais feroz, especialmente por um consumidor mais exigente, mais empresas estão buscando investir em sistemas que melhorem a produtividade e gerem economia para seus negócios. É o caso do investimento em automação logística, que faz parte do conceito da Indústria 4.0 ou Manufatura Avançada, sistema produtivo que alia alta tecnologia com vista a uma maior produtividade com menos dependência manual em processos.
Com uma concorrência cada vez mais feroz, especialmente por um consumidor mais exigente, mais empresas estão buscando investir em sistemas que melhorem a produtividade e gerem economia para seus negócios. É o caso do investimento em automação logística, que faz parte do conceito da Indústria 4.0 ou Manufatura Avançada, sistema produtivo que alia alta tecnologia com vista a uma maior produtividade com menos dependência manual em processos.
O consultor da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Igor Hoelscher, destaca que a automação logística pode gerar uma economia significativa para a empresa, diminuindo o retrabalho, custos com mão de obra, combatendo a falsificação e pirataria de produtos, roubos, entre outros aspectos. "Na entidade, com o Sistema de Operações Logísticas Automatizadas (Sola), trabalhamos uma metodologia aberta e fundamentada em padrões internacionais com o objetivo de integrar todos os elos da cadeia coureiro-calçadista por meio da identificação, processo e EDI, seja através do uso de códigos de barras, quanto na implementação de RFID", conta Hoelscher, ressaltando que o fato é uma realidade no setor de alimentos, por exemplo, mas que em outros setores ainda engatinha lentamente. "No setor calçadista, as empresas, gradualmente, estão tomando consciência da importância da automação logística. Atualmente, grandes indústrias brasileiras estão participando de maneira ativa do comitê gestor do projeto, como Via Marte, Grendene, Bibi, Pegada, Piccadilly, Beira Rio e Grupo Priority", comemora o consultor, acrescentando ainda os parceiros de outros elos da cadeia, como a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefato (IBTeC) e Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo/Campo Bom e Estância Velha (ACI).
Para Hoelscher, quanto mais empresas utilizarem o mesmo sistema, uma linguagem única para permitir o compartilhamento de dados nas relações comerciais, padronizado por meio de códigos administrados pela GS1, associação internacional presente em mais de 150 países (no País, está presente com a GS1 Brasil-Associação Brasileira de Automação), maiores serão os ganhos para o setor coureiro-calçadista. "A logística é ganho em escala, não fator de concorrência. Ocorre que, atualmente, muitas empresas, não somente do setor calçadista, utilizam sistemas proprietários de controle, o que, além de onerar a companhia, ainda perde o sentido da integração de todos os elos, desde o fornecedor até a ponta do varejo, passando pelo transportador, pois, assim que o produto sai da fábrica, entra em campo outro código, e tudo precisa ser refeito", comenta.
Um dos resultados tangíveis de maior destaque do projeto é o da Via Marte, empresa ganhadora do Prêmio Direções na categoria Gestão Industrial e do Prêmio Automação GS1 Brasil na categoria Gestão Logística na Indústria, por conta da otimização logística através dos padrões difundidos pelo Sola. Em um ano, segundo o gerente de Tecnologia de Informação da empresa, Ivair Kautzman, a economia chegou a R$ 500 mil, sobretudo em função da redução dos erros na separação de mercadorias, o retrabalho, as reentregas, a aceleração do processo produtivo e do recebimento de insumos, melhor gestão na administração de sinistros, entre outros, já que o sistema permite rastreabilidade total dos produtos e volumes.
Segundo Kautzman, antes da adoção da automação logística, os erros de registros de caixas ficavam na faixa entre 4% e 5%, um número até considerado baixo por muitas empresas do setor calçadista, mas que gera ruptura e desgaste na relação comercial quando uma mercadoria é entregue errada.

Descarte sustentável é destaque na Fábrica Conceito 2018

Fimec acontece na Fenac, em Novo Hamburgo, de 6 a 8 de março

Fimec acontece na Fenac, em Novo Hamburgo, de 6 a 8 de março


/FIMEC/DIVULGAÇÃO/JC
Assim que entrarem nos pavilhões na Fenac, em Novo Hamburgo/RS, entre os dias 6 e 8 de março, os visitantes da Fimec (Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtume) estarão dentro de uma fábrica de calçados de mais de 1.000 metros quadrados, onde estarão sendo produzidos calçados, em todas as etapas do processo de fabricação.
O objetivo do projeto é mostrar aos visitantes da feira novas tecnologias, processos e componentes inovadores que contribuam para otimizar a produção. São inovações que estão sendo expostas na feira, colocadas em prática para que os compradores em potencial possam ver cada produto em aplicação.
A Fábrica Conceito é um projeto do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), Fenac S.A. e Coelho Assessoria Empresarial, com a participação de 70 empresas, 90 máquinas, e será operada por 70 operários. O projeto terá a parceria de duas indústrias de calçados, que disponibilizam seus modelos de sapatos. A Calçados Ramarim, de Nova Hartz/RS, produzirá dois modelos de sapatilhas, dois modelos de scarpins, dois modelos de sapatos de salto baixo da marca Ramarim e uma bota da marca Comfortflex. Já a Kildare Calçados, de Novo Hamburgo/RS, produzirá dois modelos de sapatênis masculinos. A projeção é de que sejam produzidos 3 mil pares em três dias de feira.
A conexão entre equipamentos, com a possibilidade de acompanhamento de cada etapa do processo, permitindo aos gestores tomar decisões em tempo real para corrigir problemas na linha de produção, será o foco do projeto deste ano.
Uma das linhas de produção usará o conceito de Indústria 4.0, com monitoramento das máquinas e processos. A esteira terá dois softwares: um para controle das máquinas e equipamentos em funcionamento, permitindo ao gestor da linha acompanhar as condições de trabalho, tais como pressão, temperatura, tempo do ciclo, entre outros.
Outro software realizará o monitoramento da produção, informando o desempenho da fabricação dos calçados em tempo real, permitindo que todos os colaboradores da linha possam acompanhar o número de pares produzidos, a meta diária, a projeção do volume produzido e todos os problemas de qualidade que surgirem, apontando questões a serem melhoradas em cada etapa do processo.

Sola será apresentado pelo segundo ano seguido

Para a utilização da metodologia difundida pelo Sola, basta a empresa ter um sistema ERP e equipamentos para a leitura de código de barras ou RFID para automatizar a captura de dados na movimentação das mercadorias e trocar as informações eletronicamente com os parceiros comerciais (EDI). O Sola será apresentado, pelo segundo ano consecutivo, na fábrica conceito da Fimec, que acontece entre os dias 6 e 8 de março, na Fenac, em Novo Hamburgo/RS.
A fábrica conceito funcionará durante a Fimec em espaço especialmente projetado para a produção de 3 mil pares de calçados. Na oportunidade, o Sola fará todo o gerenciamento e monitoramento das informações da produção, com rastreabilidade total do processo. Assim, o visitante poderá acompanhar, em tempo real, os resultados da fabricação de calçados, seja nos monitores da fábrica ou no seu próprio celular, através do acesso por um link que será disponibilizado durante os dias da feira.