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Política

- Publicada em 25 de Janeiro de 2018 às 15:28

Lula confirma pré-candidatura e defende campanha mesmo com fato 'indesejável'

Ex-presidente se disse vítima de 'cartel' de desembargadores do TRF-4 que confirmaram sua condenação

Ex-presidente se disse vítima de 'cartel' de desembargadores do TRF-4 que confirmaram sua condenação


NELSON ALMEIDA /AFP/JC
Ao confirmar sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Lula disse em reunião das lideranças nacionais do PT nesta quinta-feira (25) que a campanha presidencial do partido tem que seguir mesmo que aconteça uma "coisa indesejável". No dia anterior, o petista teve sua condenação no caso do tríplex confirmada por unanimidade no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o que pode torná-lo inelegível.
Ao confirmar sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Lula disse em reunião das lideranças nacionais do PT nesta quinta-feira (25) que a campanha presidencial do partido tem que seguir mesmo que aconteça uma "coisa indesejável". No dia anterior, o petista teve sua condenação no caso do tríplex confirmada por unanimidade no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o que pode torná-lo inelegível.
"Espero que essa candidatura não dependa do Lula", afirmou o ex-presidente. "Essa candidatura só tem sentido se vocês forem capaz de fazê-la mesmo que aconteça uma coisa indesejável. É colocar o povo brasileiro em movimento. E nós temos uma arma poderosa. É cobrar deles (Judiciário), todo santo dia, que eles apresentem uma prova de qual foi o crime que eu cometi", seguiu Lula.
O desembargador Leandro Paulsen, revisor do processo de Lula no TRF-4, foi claro em seu voto ao dizer que a prisão do ex-presidente poderá ser pedida assim que forem julgados os embargos de sua defesa. O rigor da sentença encurtou o cronograma projetado pelo PT para brigar pelo registro do nome de Lula na disputa pelo Planalto, mas o partido reitera a intenção de seguir com a candidatura dele.
A presidente nacional da sigla, senadora Gleisi Hoffmann (PR), voltou a negar no encontro que o PT trabalhe com a possibilidade de um plano B. "Lula é o nosso candidato às eleições de 2018", afirmou ela no palco, antes de colocar em votação a candidatura do ex-presidente, aprovada por aclamação pelo auditório reunido na sede nacional da Central Única dos Trabalhadores, na região central de São Paulo.
Ao se defender, o petista disse ainda ser vítima de um "cartel" dos juízes do TRF-4 que confirmaram a sentença de primeira instância aplicada pelo juiz Sergio Moro e aumentaram a pena.
"Um cidadão ficou seis meses com o processo, o outro teve seis dias, o outro nem teve tempo de ler. E eles construíram um cartel para dar uma sentença unânime para evitar o tal embargo infringente. Eles formaram um cartel para tomar uma decisão com o pretexto de apressar a possibilidade de evitar que o PT tenha o Lula como candidato a presidente da República ou de evitar que a gente volte a ganhar as eleições."
"Somente ontem (quarta-feira) eu compreendi o que era um cartel. Dava até para mandar para o Cade (órgão do governo que investiga a formação de cartéis)", disse ele.
O discurso, de 35 minutos, foi recheado de críticas à Operação Lava Jato e de frases em que o petista diz estar de consciência tranquila após a sentença. "Se eles tivessem encontrado um crime que eu cometi, eu sinceramente estaria aqui pedindo desculpas para vocês. E eles sabem que o que eu estou falando é verdade."
Folhapress
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