Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 17 de Janeiro de 2018 às 17:55

Fim da Justiça do Trabalho é retrocesso, avalia TST

 'Somos a Justiça que mais julga',  diz presidente do TST, Ives Gandra

'Somos a Justiça que mais julga', diz presidente do TST, Ives Gandra


MARCELO CAMARGO/MARCELO CAMARGO/ABR/JC
O presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Ives Gandra Martins Filho, rebateu, nesta quarta-feira, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e disse que a extinção da Justiça do Trabalho seria um "retrocesso para o País e para a sociedade".
O presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Ives Gandra Martins Filho, rebateu, nesta quarta-feira, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e disse que a extinção da Justiça do Trabalho seria um "retrocesso para o País e para a sociedade".
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Jefferson defendeu o fim da Justiça do Trabalho e a chamou de uma "excrescência nacional" e de uma "babá de luxo". As críticas devem-se à suspensão da posse de sua filha, Cristiane Brasil (PTB), para o comando do Ministério do Trabalho.
O presidente do TST disse, em nota pública, que os argumentos apresentados pelo político "não condizem com a realidade" e "com o papel da instituição". Segundo ele, a Justiça do Trabalho é a que "mais julga" e a "mais eficiente".
"Somos a Justiça que mais julga e a mais eficiente. Somos também a que mais concilia, ou seja, a que soluciona processos, evitando ou solucionando greves que impactariam toda a sociedade", disse.
Na entrevista, Jefferson disse ainda que não vê qualidades na Justiça do Trabalho para "dar lição de moral".
Segundo Ives Gandra, não cabe a ela dar lição de moral, já que sua competência é apenas de "aplicar o direito quando provocada pela parte que alega violação na relação de trabalho".
O dirigente petebista também afirmou que a Justiça do Trabalho é uma "babá de luxo" por ter custado, no ano passado, mais de três vezes do que gerou em acordo e indenizações.
A posse de Cristiane Brasil foi barrada pelo juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, por ela ter tido condenações trabalhistas. A decisão foi mantida por desembargador do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região. Agora, o presidente Michel Temer (PMDB) pretende recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). Na semana passada, a equipe do presidente recebeu a avaliação de que, em caso de recurso, a tendência era de que a presidente do STJ, Laurita Vaz, mantivesse a suspensão da posse. A partir desta quinta-feira, contudo, ela deixa o plantão judiciário, e quem assume é o vice-presidente, Humberto Martins.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO