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Política

- Publicada em 15 de Janeiro de 2018 às 17:36

Polícia Federal indicia Haddad por caixa-2 em campanha em 2012

A Polícia Federal (PF) indiciou ontem o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) pelo crime de falsidade ideológica eleitoral. Segundo a polícia, a empreiteira UTC pagou R$ 2,6 milhões via caixa-2 para custear serviços da gráfica Souza&Souza para a campanha vitoriosa do petista para a prefeitura em 2012.
A Polícia Federal (PF) indiciou ontem o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) pelo crime de falsidade ideológica eleitoral. Segundo a polícia, a empreiteira UTC pagou R$ 2,6 milhões via caixa-2 para custear serviços da gráfica Souza&Souza para a campanha vitoriosa do petista para a prefeitura em 2012.
Além de Haddad, outras seis pessoas foram indiciadas: o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o coordenador da campanha de Haddad, o ex-vereador Chico Macena, o ex-deputado Francisco Carlos de Souza e mais três pessoas ligadas às gráficas investigadas. Vaccari, além do crime de caixa-2, também foi indiciado pelo crime de lavagem de dinheiro.
O indiciamento é resultado da Operação Cifra Oculta, baseada nas delações premiadas de Ricardo Pessoa, dono da UTC, e Walmir Pinheiro, executivo do grupo, feitas no âmbito da Operação Lava Jato.
Em seu depoimento, Pessoa disse que foi procurado por Vaccari para quitar uma dívida de R$ 3 milhões que o partido teria com a gráfica, de propriedade da família do deputado Souza. Após negociar com a empresa, a UTC acabou pagando R$ 2,6 milhões. Segundo os delatores, o pagamento foi operacionalizado pelo doleiro Alberto Youssef. 
A assessoria de imprensa de Haddad afirmou que "não há o mínimo indício de qualquer participação de Fernando Haddad nos atos descritos por um colaborador sem credibilidade, cujas declarações já foram colocadas sob suspeita em outros casos". Segundo o ex-prefeito, ao longo do processo o dono da gráfica negou ter recebido recursos da UTC para quitar a dívida de campanha.
Em junho do ano passado, quando a PF cumpriu mandados de busca e apreensão ligados a essa operação, Haddad afirmou que a gráfica citada na investigação "prestou apenas pequenos serviços devidamente pagos pela campanha e registrados no TRE (Tribunal Superior Eleitoral)".
Ainda segundo Haddad, sua gestão na prefeitura cancelou um contrato público da empreiteira antes do suposto pagamento da dívida. "Seria contraditório uma empresa que teve seus interesses prejudicados pela administração, saldar uma dívida de campanha deste administrador", disse nota do petista, na época.
O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que representa Vaccari, afirmou que o indiciamento ocorreu "com base exclusiva na palavra do delator".
 
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