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Política

- Publicada em 09 de Janeiro de 2018 às 22:31

Relação com Legislativo tem melhorado, diz Marcantônio

Vice-líder do governo, Luciano Marcantônio diz que parlamentares têm que fazer parte das decisões difíceis

Vice-líder do governo, Luciano Marcantônio diz que parlamentares têm que fazer parte das decisões difíceis


/LUIZA DORNELES/CMPA/JC
Mesmo com as críticas do novo presidente da Câmara de Porto Alegre, Valter Nagelstein (PMDB), à gestão do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), o vice-líder do governo municipal, Luciano Marcantônio (PTB), vê com otimismo o futuro da relação entre Legislativo e Executivo da cidade.
Mesmo com as críticas do novo presidente da Câmara de Porto Alegre, Valter Nagelstein (PMDB), à gestão do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), o vice-líder do governo municipal, Luciano Marcantônio (PTB), vê com otimismo o futuro da relação entre Legislativo e Executivo da cidade.
Para o vereador, a relação entre os dois Poderes foi complicada pela política de corte de gastos imposta pelo governo Marchezan, que lançou à Câmara propostas "polêmicas" para sanar, segundo ele, uma dívida recebida da última gestão municipal. Apesar de episódios conturbados, Marcântonio acredita que a interlocução "tem melhorado bastante", e tem "muita confiança em uma relação sólida com o novo presidente da Câmara".
Jornal do Comércio - Como avalia a declaração de Valter Nagelstein de que muito do tensionamento ocorrido no ano passado se deveu ao "protagonismo equivocado" do prefeito, o senhor concorda?
Luciano Marcantônio - O conceito de gestão do governo Marchezan está enfrentando barreiras e principalmente quebrando paradigmas, desenvolvendo uma política corajosa de atitudes que muitos deviam ter realizado. É um governo que sabe que tem que fazer ajuste fiscal, que se preocupou prioritariamente com as contas públicas. Pegamos um governo com déficit e era prioritário reduzir gastos. São propostas que a câmara sabe que são necessárias, e temos que ter mais diálogo. A construção com a Câmara tem que melhorar mais, mas tem melhorado bastante. No decorrer do ano tivemos um problema de relacionamento de ambas as partes, mas tenho certeza que o Valter tem a sabedoria política para contribuir para que a comunicação seja mais sólida.
JC - Diálogo é uma palavra que tem se falado muito neste início de ano. Quais são os caminhos para melhorar a relação do Legislativo com a prefeitura de Porto Alegre?
Marcantônio - Esse ano que passou foi de ajuste político e fiscal por parte do Executivo. O diálogo tem que ser constante. Não é de interesse da Câmara nem do governo Marchezan que se aparelhem os Poderes. Nós temos a missão de envolver os vereadores nas discussões dos projetos, e cobrar reciprocidade. Projetos polêmicos não são para o bem do prefeito, não é algo desejado apenas pela gestão Marchezan, são projetos para reforçar Porto Alegre, que é uma cidade que não tem mais poder de investimento. Os vereadores têm que ceder e fazer parte das decisões difíceis.
JC - Nagelstein também questionou a coesão da base aliada, que, segundo ele, começou o ano com 29 vereadores e hoje conta com oito ou sete. 
Marcantônio - Nós nunca tivemos base de 29 vereadores. Neste ponto o Valter está equivocado. O governo assumiu com uma base de 11, 12 vereadores. E há também os blocos de partidos que se consideram independentes, que, às vezes, votavam com a gente e, às vezes, não, e fez com que nós tivéssemos conseguido aprovar vários projetos.
JC - Nagelstein disse que Porto Alegre não avançou no ano de 2017. Essa dificuldade em aprovar projetos polêmicos pode ter estagnado o município?
Marcantônio - A política do corte de gastos gera corte nos serviços, nas obras, nos financiamentos. Foram cortes não motivados por este governo. Concordo com o Valter que não se cumpriu nesse início, em termos de serviços, de obras, de atendimentos à população, aquilo que é necessário. Mas dentro de um contexto em que o governo recebeu da gestão uma dívida e tivemos que ter a atitude de partir para uma reforma administrativa.
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