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governo federal

- Publicada em 02 de Janeiro de 2018 às 17:33

Temer pede ao PTB indicação de novo nome

Michel Temer chegou a conversar com Fernandes, mas recuou

Michel Temer chegou a conversar com Fernandes, mas recuou


/EVARISTO SA/AFP/JC
O Palácio do Planalto desistiu de nomear o deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA) como novo ministro do Trabalho. O presidente Michel Temer (PMDB) pediu ao presidente do PTB, Roberto Jefferson, que o partido indique um novo nome para ocupar o cargo. No dia 27 de dezembro, Ronaldo Nogueira, do PTB, deixou o ministério, e o comando do partido indicou o nome de Pedro Fernandes para Temer.
O Palácio do Planalto desistiu de nomear o deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA) como novo ministro do Trabalho. O presidente Michel Temer (PMDB) pediu ao presidente do PTB, Roberto Jefferson, que o partido indique um novo nome para ocupar o cargo. No dia 27 de dezembro, Ronaldo Nogueira, do PTB, deixou o ministério, e o comando do partido indicou o nome de Pedro Fernandes para Temer.
Agora, o Planalto afirmou que houve o veto do ex-presidente José Sarney, que considera Pedro Fernandes um opositor. A posse do deputado federal era esperada pelo partido para a próxima quinta-feira, dia 4 de janeiro. Mas houve uma reversão da situação nesta terça-feira.
O presidente do PTB, Roberto Jefferson, confirmou que o governo pediu uma nova sugestão de nome para o cargo e disse que é preciso "aguardar" os acontecimentos.
Na disputa pelo cargo, além de Pedro Fernandes, estavam os nomes do deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) - que ficou conhecido por dizer que estava "se lixando para a opinião pública" - e do deputado Josué Bengston (PTB-PA).
No dia 27 de dezembro, Temer se reuniu com o comando do PTB: Roberto Jefferson e o líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO). Temer chegou a conversar rapidamente com Pedro Fernandes - que votou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Na ocasião, Pedro Fernandes - parlamentar de cinco mandatos - disse que "se dava muito bem" com Temer e confirmou que a expectativa era que a posse ocorresse no próximo dia 4.
"Fui convidado pelo partido, que levou meu nome ao presidente. Depois do susto, eu aceitei (o convite). Está tudo certo", disse o parlamentar.

Sarney nega que tenha vetado deputado federal petebista

O ex-presidente José Sarney negou nesta terça-feira que tenha vetado a nomeação do deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA) para o comando do Ministério do Trabalho.
Segundo a assessoria de imprensa dele, Sarney disse que não foi nem mesmo consultado pelo presidente Michel Temer sobre a nomeação do parlamentar.
Em mensagem, enviada a correligionários, Fernandes disse mais cedo que não tomará posse devido "ao embaraço" que ele poderia criar na relação entre Temer e Sarney.
Segundo a reportagem apurou, Sarney não referendou o nome do parlamentar, que é alinhado com o governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB.
Sem o aval do ex-presidente, Temer pediu ao PTB que indique outro nome. Fernandes recebeu a notícia na manhã desta terça-feira do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson.
A decisão do presidente causou desconforto na bancada do PTB na Câmara dos Deputados. "Não aceitamos outra indicação. A indicação do Pedro Fernandes é a do partido", disse o líder, Jovair Arantes (PTB-GO).
Com a recusa a Fernandes, o PTB avalia o nome do deputado federal gaúcho Sérgio Moraes, que não deve ser candidato na disputa eleitoral do ano que vem. Ele chegou a ser sondado após a saída do ex-ministro Ronaldo Nogueira, mas na época recusou. Na bancada do partido, contudo, há a expectativa de que agora ele aceite.
Em 2009, Moraes causou polêmica ao dizer que estava "se lixando para a opinião pública", quando defendeu o ex-deputado federal Edmar Moreira (sem partido-MG). Ele era o relator no conselho de ética de acusação contra o mineiro de apresentar notas falsas ao justificar o uso de verba indenizatória.
O ex-ministro Ronaldo Nogueira deixou o cargo na semana passada para disputar cargo de deputado federal nas eleições do ano que vem.
No mesmo dia em que saiu da pasta, Ronaldo Nogueira publicou uma nova portaria incluindo outras normas sobre a definição de trabalho escravo, que deixa mais rígidas as definições do que leva à punição do empregador.