Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 15 de Janeiro de 2018 às 16:34

Sem planejamento, obras públicas estão paralisadas

Uma das obras públicas mais emblemáticas paralisadas no Rio Grande do Sul - e não é a única, certamente - é a duplicação da travessia do Guaíba. Iniciada com muita pompa e sendo uma necessidade, ela está sem andamento há mais de ano, faltando, também, remoção de moradias no seu percurso. Mas ninguém precisa ser engenheiro para saber que, para uma obra ser executada, se faz planejamento financeiro. Tanto para o início dos trabalhos como, mais adiante e especialmente, para sua continuidade, até a finalização.
Uma das obras públicas mais emblemáticas paralisadas no Rio Grande do Sul - e não é a única, certamente - é a duplicação da travessia do Guaíba. Iniciada com muita pompa e sendo uma necessidade, ela está sem andamento há mais de ano, faltando, também, remoção de moradias no seu percurso. Mas ninguém precisa ser engenheiro para saber que, para uma obra ser executada, se faz planejamento financeiro. Tanto para o início dos trabalhos como, mais adiante e especialmente, para sua continuidade, até a finalização.
Mas planejamento não é o forte das administrações públicas. Além disso, os hoje famigerados aditivos acabam no superfaturamento para escamotear a corrupção sistêmica que permeou o Brasil nos últimos anos. Por isso, é lastimável ver as fundações da ponte que deveria ser a segunda travessia do Guaíba, eis que a primeira foi inaugurada em dezembro de 1958, com a presença, ainda, do ex-presidente da Província, Borges de Medeiros. Foram décadas em que a população de Porto Alegre e das cidades da zona Sul do Estado usavam as barcas do Daer - que levavam passageiros, ônibus, automóveis e caminhões, em um bom serviço - para chegar ao outro lado do Guaíba, a fim de continuar a viagem rodoviária para as cidades de Guaíba, Barra do Ribeiro, Tapes, Pelotas e Rio Grande, entre outras. Mas, apesar das promessas, iniciar, tocar e completar obras públicas no Brasil continua sendo uma dificuldade que extrapola a razão por quais motivos tudo é tão demorado, complicado e, às vezes, permeado de corrupção.
Mas, depois do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o atual governo federal lançou um sucedâneo, o Programa Avançar, com o objetivo de finalizar incríveis 7.439 obras que estão paralisadas.
O investimento previsto é de R$ 130,9 bilhões, e a entrega das obras deve ocorrer até o final de 2018. Está prevista a conclusão de obras de saneamento, creches, unidades básicas de saúde, recuperação de pistas de aeroportos e duplicação de rodovias. O Nordeste terá o maior número de obras finalizadas. Serão 3.186, com investimentos de R$ 19 bilhões. Em seguida, vem o Sudeste, com 1.931 obras, totalizando R$ 52,51 bilhões.
O bom é que serão concluídas obras paralisadas há anos, o que demonstra a retomada do investimento público no País. Com o Programa Avançar, o governo federal espera tocar investimentos públicos, alguns bloqueados para tirar o Brasil do vermelho financeiro. Os recursos virão de três fontes: R$ 42,1 bilhões do Orçamento Geral da União; R$ 29,9 bilhões da Caixa Econômica Federal, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes); e R$ 58,9 bilhões de empresas estatais de energia, em especial da Petrobras. Mas, para quem tem visto tantas paralisações de obras públicas pelos mais diversos motivos, acreditar que elas estarão prontas no final deste ano é difícil, ainda que se torça, efusivamente, pelo cumprimento da promessa.
Então, que a duplicação da travessia da ponte sobre o Guaíba não fique apenas na sucessão de pilares e suportes inacabados, um monumento à falta de planejamento, geralmente, desperdício do dinheiro público. Se, conforme disse na ocasião o então já histórico Borges de Medeiros, ao contemplar a primeira ponte concluída, "é uma obra prevista desde o meu governo", espera-se que, agora, não tenhamos mais tanta espera. Doravante, mantenha-se organograma financeiro a fim de que obras não sejam mais paralisadas.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO