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Opinião

- Publicada em 10 de Janeiro de 2018 às 16:08

A agonia financeira que ainda continua no Estado

Após três anos no Piratini - e ontem foi paga nova parcela aos servidores -, o governador José Ivo Sartori (PMDB) talvez vislumbre um cenário melhor para o ano de governo que lhe falta, mesmo que tenham ocorrido problemas nas propostas de avanços administrativos e financeiros. Os projetos que enviou à Assembleia Legislativa visando, pelo menos, dar algum equilíbrio entre receitas e despesas não foram, não os principais, apreciados até agora, como o Regime de Recuperação Fiscal. E neste 2018, com eleições, de olho no eleitorado, os deputados estão receosos, embora haja expectativa de aprovação.
Após três anos no Piratini - e ontem foi paga nova parcela aos servidores -, o governador José Ivo Sartori (PMDB) talvez vislumbre um cenário melhor para o ano de governo que lhe falta, mesmo que tenham ocorrido problemas nas propostas de avanços administrativos e financeiros. Os projetos que enviou à Assembleia Legislativa visando, pelo menos, dar algum equilíbrio entre receitas e despesas não foram, não os principais, apreciados até agora, como o Regime de Recuperação Fiscal. E neste 2018, com eleições, de olho no eleitorado, os deputados estão receosos, embora haja expectativa de aprovação.
Até agora, mesmo com algumas boas iniciativas na recuperação de escolas degradadas e em rodovias que necessitavam de conservação, os principais problemas continuam impedindo que a economia gaúcha deslanche. Claro, é também reflexo da paralisia socioeconômica que varre todo o Brasil e não é de hoje. Tudo que acontece está a provar que os abusos financeiros do passado não serão sanados nem remediados sem muitas dores. O funcionalismo, com razão, desespera-se pelo parcelamento dos vencimentos há muitos meses. Todos pedem menos presença do Estado na vida dos cidadãos, mas ninguém quer que ocorram, de fato, ações.
Tudo o que foi possível enxugar foi praticado, em termos de menos despesas. Mas, o funcionalismo de carreira e até cargos em comissão são importantes para que a máquina administrativa estadual funcione bem. O governador está pagando reajustes de vencimentos dados antes. Mesmo que sejam justos, ninguém projetou a aguda falta de verbas nem que a crise nacional continuaria para além do previsto. E ela é econômica, financeira e social. Ninguém apontou soluções viáveis, apenas factoides sem embasamento legal ou mesmo prático para solucionar os problemas do Estado. Mas, as faces estão enraivecidas pelos problemas que o Rio Grande do Sul só vê aumentar nos últimos anos, salvo quando ocorreu o plano chamado de déficit zero, pela então governadora Yeda Crusius (PSDB).
Os males da administração pública são os melhores alertas para os administradores, enquanto as facilidades são os maiores perigos, pois mascaram a realidade. O Rio Grande do Sul estava nessa situação há anos. Levava para o ano seguinte, para a década seguinte e para os governos posteriores o problema da dívida pública. E ela só aumentava. O autismo político transformou os Pampas em um antagonismo entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, em oposição e situação. Durante anos, os dirigentes políticos gaúchos pouco diziam sobre o gigantesco débito do Estado, que só aumentava, pois a vaidade ou o interesse mediato os impediam de falar, lastimavelmente. A verdade é que os bons governadores que tivemos capitularam no quesito dívida pública, sem querer, associando-se. Agora, ou aceitamos os duros termos da renegociação da dívida com a União, ou não teremos o fôlego de 36 meses, prometido por Brasília.
Só resta unir esforços em prol de soluções não para o final do mês, mas para a década vindoura. Ou, então, tudo será uma monótona e desgastante repetição, mês a mês. E reformas no Estado? Sim, desde que se deixe tudo como está. Aí, é impossível melhorar.
No final de janeiro, caberá à Assembleia Legislativa votar o Regime de Recuperação Fiscal. A rigor, será a última grande cartada do Piratini em prol do equilíbrio financeiro estadual. Então, grande responsabilidade para os nossos parlamentares. O futuro julgará o que foi feito.
 
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