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Venezuela

- Publicada em 25 de Janeiro de 2018 às 15:34

Maduro confirma que buscará novo mandato

Com oposição dividida, antecipação do pleito pode beneficiar presidente

Com oposição dividida, antecipação do pleito pode beneficiar presidente


JUAN BARRETO/AFP/JC
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou que buscará a reeleição no pleito previsto para 30 de abril, convocado pela Assembleia Constituinte, composta integralmente por seus aliados. A confirmação era só questão de tempo, já que, na terça-feira, o número 2 do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, havia afirmado que o mandatário seria candidato. "Vamos ganhar as eleições e varrer a oposição", disse Maduro, em um evento do Ministério do Transporte em Caracas. "Não vou decepcioná-los. Assumo a candidatura presidencial para o período 2019-2025."
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou que buscará a reeleição no pleito previsto para 30 de abril, convocado pela Assembleia Constituinte, composta integralmente por seus aliados. A confirmação era só questão de tempo, já que, na terça-feira, o número 2 do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, havia afirmado que o mandatário seria candidato. "Vamos ganhar as eleições e varrer a oposição", disse Maduro, em um evento do Ministério do Transporte em Caracas. "Não vou decepcioná-los. Assumo a candidatura presidencial para o período 2019-2025."
A data oficial ainda não foi estabelecida. A antecipação do pleito ocorre no momento em que Maduro, no poder desde 2013, se aproveita da união de seus aliados após a vitória nas eleições municipais, em dezembro, e para governadores, em outubro. O presidente também se beneficia da fragmentação da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).
Além da divisão, os antichavistas ainda enfrentam a dificuldade de escolher um candidato diante das poucas opções de líderes disponíveis sem processos pendentes ou com possibilidade de serem processados pelo chavismo. Cotados como concorrentes, o ex-prefeito de Chacao Leopoldo López está em prisão domiciliar, o ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma se autoexilou na Espanha e os ex-presidenciáveis Henrique Capriles e María Corina Machado estão inelegíveis. Outros dois avaliados, os ex-presidentes da Assembleia Nacional Henry Ramos Allup e Julio Borges estão em teoria aptos, mas podem perder o direito de se candidatar - a Constituinte já anunciou que pretende processá-los por crime de ódio.

Embaixador espanhol é 'persona non grata' no país

A Venezuela declarou como "persona non grata" o embaixador da Espanha, Jesús Silva Fernández, em virtude das "contínuas agressões" e "recorrentes atos de ingerência" dos espanhóis nos assuntos internos do país. Em comunicado oficial, Caracas acusa o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, de liderar uma conspiração na Europa para atacar "a soberania e a independência do povo venezuelano", que teria o objetivo de conseguir benefícios políticos e econômicos provenientes dos EUA.
"Rajoy disse 'desejar para os venezuelanos o mesmo que para os espanhóis'. Lamentavelmente, a Espanha é um dos países mais desiguais da Europa", diz o documento, publicado nesta quinta-feira. De acordo com o jornal El País, o embaixador espanhol foi expulso da Venezuela.