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Internacional

- Publicada em 18 de Janeiro de 2018 às 15:10

Muro na divisa com México segue nos planos de Trump

Republicano voltou a dizer que pretende fazer vizinho arcar com os custos

Republicano voltou a dizer que pretende fazer vizinho arcar com os custos


/MARK WILSON/GETTY IMAGES/AFP/JC
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta quinta-feira, que não mudou de ideia sobre o muro que quer construir na fronteira com o México. A declaração é uma resposta à informação divulgada no dia anterior pelo jornal Washington Post, de que o próprio chefe de gabinete de Trump, John Kelly, teria dito que o presidente estava "mal informado" quando prometeu criar uma barreira física entre os dois países, mas ele já teria "evoluído" desde a campanha.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta quinta-feira, que não mudou de ideia sobre o muro que quer construir na fronteira com o México. A declaração é uma resposta à informação divulgada no dia anterior pelo jornal Washington Post, de que o próprio chefe de gabinete de Trump, John Kelly, teria dito que o presidente estava "mal informado" quando prometeu criar uma barreira física entre os dois países, mas ele já teria "evoluído" desde a campanha.
"O muro é o muro, ele nunca mudou ou evoluiu desde o primeiro dia que concebi isso", escreveu Trump em uma rede social. Para Kelly, a proposta de construir um muro de ponta a ponta na fronteira é praticamente impossível. O presidente, porém, discordou publicamente do general. "Nunca foi a intenção construir em áreas em que há uma proteção natural, como montanhas, campos ou rios e águas de difícil acesso", ressaltou.
O republicano também voltou a dizer que pretende fazer o país vizinho pagar pela barreira. "O muro será pago direta ou indiretamente, ou por um reembolso a longo prazo, pelo México, que tem um ridículo superávit comercial de US$ 71 bilhões com os EUA", disse ele. "O muro de US$ 20 bilhões é uma 'mixaria' comparado com o que o México ganha dos EUA."
Durante o encontro com parlamentares na quarta-feira, Kelly, um dos representantes da ala mais moderada do governo, teria dito a democratas que não acreditava ser possível cobrar do governo mexicano o dinheiro para financiar a construção do muro.
A barreira é uma das principais promessas de campanha de Trump, que tinha como um de seus maiores bordões a frase "América em primeiro lugar". Ele defende que o muro vai ajudar a controlar a imigração ilegal, a criminalidade, e o tráfico de drogas e armas. Nesta quinta-feira, ele disse, inclusive, que o México é o "país mais perigoso do mundo".
Pouco após as afirmações, o governo mexicano respondeu que, apesar de enfrentar uma crise de violência, o país não é o mais perigoso do mundo. O México também voltou a dizer que não vai pagar pelo muro em nenhuma hipótese.
O debate acontece em um momento que o republicano tenta negociar com os democratas um acordo para garantir US$ 18 bilhões (R$ 57,8 bilhões) no orçamento federal para financiar a construção do muro. Em troca, o presidente estaria disposto a aceitar um plano que garanta a permanência nos EUA dos "dreamers" (sonhadores), como são chamados os imigrantes que chegaram ao país quando ainda eram crianças. A permanência deles está sob risco depois que Trump revogou o programa que garantia seu status legal.
 
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