O Exército sírio está determinado a acabar com qualquer forma de presença dos Estados Unidos no país, disse ontem à TV estatal síria, citando um funcionário do Ministério das Relações Exteriores do regime de Bashar al-Assad. A coalizão liderada pelos norte-americanos trabalha com milícias sírias anti-Assad para montar uma nova força de 30 mil homens. O movimento foi classificado pelo ministério sírio como um "flagrante assalto" à soberania do país.
A medida também desagradou a Turquia, contrária ao apoio dos EUA a milícias curdas do Norte da Síria. Também ontem, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que os Estados Unidos "estão ajudando" aqueles que desejam uma "mudança de regime" na Síria.
Em novembro do ano passado, militares russos disseram que Washington combatia o Estado Islâmico como se estivesse no Iraque e atrapalhava a ofensiva apoiada por Moscou na Síria. O presidente russo, Vladimir Putin, é o principal aliado de Assad. Em seu último discurso de Ano-Novo, disse que a Rússia "continuará prestando toda a assistência à Síria na proteção da soberania, unidade e integridade territorial do Estado".
Putin ordenou, em dezembro, o início da retirada das tropas russas da Síria, mas manteve a base aérea em Latakia, além de sua instalação naval no porto de Tartus, importante acesso ao Mediterrâneo.