Coreias reabrem comunicação na fronteira

A Coreia do Norte reabriu uma linha de fronteira com a Coreia do Sul ontem. A decisão foi tomada horas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou ter um botão nuclear "muito maior e mais poderoso" do que o do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

A decisão de reabrir a linha telefônica, que foi cortada há cerca de dois anos, ocorre um dia depois que Seul se mobilizou para discutir com um emissor de Pyongyang o programa de mísseis e também a participação do vizinho nos Jogos Olímpicos de Inverno na cidade sul-coreana de PyeongChang. Toda a mobilização se deu após Kim declarar que estava aberto a conversar com Seul e que consideraria o envio de uma delegação para a Olimpíada, que começa em 9 de fevereiro.

A reação do governo norte-americano foi a de que não participaria de conversas entre as duas Coreias se elas não contribuíssem para desmobilizar a corrida armamentista norte-coreana. Os EUA mantêm 28.500 soldados no Sul, legado da Guerra da Coreia (1950-1953). O Departamento de Estado acredita que Pyongyang pode estar tentando "ganhar tempo".

O canal de comunicação de Panmunjom, vilarejo onde o cessar-fogo da Guerra da Coreia foi assinado, reabriu após ordem de Kim. A linha com a Coreia do Sul havia sido encerrada pelos norte-coreanos em fevereiro de 2016, em retaliação contra o fechamento de uma fábrica que era operada conjuntamente pelos dois países.