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Geral

- Publicada em 30 de Janeiro de 2018 às 12:53

Doenças transmitidas pelo Aedes causaram prejuízo de mais de R$ 2 bilhões

Casos de dengue, zika e chikungunya são o motivo do prejuízo econômico

Casos de dengue, zika e chikungunya são o motivo do prejuízo econômico


RICHARD BOUHET/AFP/JC
Agência Estado
O avanço pelo Brasil de três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2016 causou ao país um prejuízo de pelo menos R$ 2,3 bilhões - um impacto de 2% no Produto Interno Bruto (PIB). As três doenças: dengue, zika e chikungunya somaram cerca de 2 milhões de casos e trouxe prejuízos econômicos É o que aponta um estudo feito pela consultoria Sense Company, que faz análises econômicas para empresas farmacêuticas e realizou este trabalho sob encomenda da Oxitec, produtora de Aedes transgênicos.
O avanço pelo Brasil de três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2016 causou ao país um prejuízo de pelo menos R$ 2,3 bilhões - um impacto de 2% no Produto Interno Bruto (PIB). As três doenças: dengue, zika e chikungunya somaram cerca de 2 milhões de casos e trouxe prejuízos econômicos É o que aponta um estudo feito pela consultoria Sense Company, que faz análises econômicas para empresas farmacêuticas e realizou este trabalho sob encomenda da Oxitec, produtora de Aedes transgênicos.
O trabalho levou em conta os custos de combate ao mosquito (repasse de recursos federais para larvicidas e inseticidas, por exemplo), os custos médicos para diagnóstico e tratamento e os custos indiretos (falta ao trabalho e consequente perda da produtividade). O valor é considerado pelos próprios autores como conservador, uma vez que não levou em conta prejuízos de longo prazo com a microcefalia e outras doenças neurológicas. 
"Representa o mínimo impacto que as doenças tiveram em 2016. É daí para cima", afirma Vanessa Teich, professora do Insper, fundadora da Sense Company e líder do estudo. "Se pensarmos que significa 2% do PIB, é um custo relevante em doenças que poderiam ser evitadas. É um gasto que poderia ser investido em outros fins,  até em outras áreas de saúde", defende.
O combate ao vetor representou a maior fatia dos custos - 64,6%. Custos médicos diretos responderam por 16% do total e os indiretos, por 19%. Os resultados, divulgados nesta terça-feira (30) serão publicados no Jornal Brasileiro de Economia da Saúde.
Segundo Teich, os dados refletem ainda um outro complicador: os gastos não têm efeito de longo prazo, de modo a assegurar o país contra novos surtos das doenças. Foram todos emergenciais. "Não vimos nenhum custo estrutural, que pudesse ser categorizado como investimento. São gastos em larvicidas, nos agentes de combate às endemias. Houve investimento em criar os centros de reabilitação para quem teve complicações de zika. Mas ainda terá de ter manutenção. É tudo para ações emergenciais", explica.
O trabalho considerou também os gastos por Estados. Minas Gerais foi o campeão, com perdas de R$ 323.937.946, seguido de São Paulo, com R$ 255.470.166. O Nordeste, região mais afetada pela zika, somou R$ 761 milhões.
"O impacto para cada lugar tem a ver com a ocorrência total de casos e também com a composição de casos, seja de dengue, chikungunya ou zika. Em 2016, Minas notificou 528 mil casos só de dengue. Houve uma discrepância ali. Já o Nordeste apareceu com uma perda não tão alta, porque o custo tratamento agudo do zika não é dos mais caros e não conseguimos fazer uma estimativa de gastos futuros com a microcefalia. Se a gente incluísse os custos dessas complicações, certamente o peso desses Estados aumentaria também", afirmou Teich. 
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