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Saúde

- Publicada em 24 de Janeiro de 2018 às 18:42

Brasil já tem registro de 53 mortes por febre amarela

Bugios são 'sentinelas' e alertam para presença do mosquito transmissor

Bugios são 'sentinelas' e alertam para presença do mosquito transmissor


/JULIO CESAR BICCA-MARQUES/PALÁCIO PIRATINI/JC
Nos últimos meses, a população tem voltado os olhos para as regiões Sudeste e Nordeste, onde casos de febre amarela têm sido registrados com frequência. O mais recente balanço, divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, aponta a confirmação de 130 casos de febre amarela no País entre julho de 2017 e janeiro deste ano. Desse total, 61 ocorreram em São Paulo; 50, em Minas Gerais; 18, no Rio de Janeiro; e um, no Distrito Federal. A pasta confirmou, ainda, 53 óbitos pela doença, sendo 24 em Minas Gerais, 21 em São Paulo, sete no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal. Entre julho de 2016 e janeiro do ano passado, mesmo período analisado pelo balanço atual, foram registrados 397 ocorrências e 131 óbitos pela doença.
Nos últimos meses, a população tem voltado os olhos para as regiões Sudeste e Nordeste, onde casos de febre amarela têm sido registrados com frequência. O mais recente balanço, divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, aponta a confirmação de 130 casos de febre amarela no País entre julho de 2017 e janeiro deste ano. Desse total, 61 ocorreram em São Paulo; 50, em Minas Gerais; 18, no Rio de Janeiro; e um, no Distrito Federal. A pasta confirmou, ainda, 53 óbitos pela doença, sendo 24 em Minas Gerais, 21 em São Paulo, sete no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal. Entre julho de 2016 e janeiro do ano passado, mesmo período analisado pelo balanço atual, foram registrados 397 ocorrências e 131 óbitos pela doença.
Embora a Secretaria de Saúde do Estado tenha recomendado que os gaúchos não se desesperem em busca de vacinação, os postos de saúde têm registrado grande movimento. "Não há motivo para pânico. A vacina deve ser feita prioritariamente por pessoas que moram em locais onde têm sido registrada a morte de macacos (bugios, que, como são mais sensíveis à doença, acabam tendo o papel de 'sentinelas', alertando para a presença do mosquito transmissor), ou que pretendem viajar para lá", alerta o infectologista Carlos Graeff Teixeira, do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs).
Nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, a campanha de vacinação fracionada começa hoje. Teixeira argumenta que diversos estudos comprovam a eficácia da dose reduzida da vacina, que pode imunizar por pelo menos um ano. "Permite que multiplique o número de pessoas que estarão imunizadas com o mesmo número de vacinas disponíveis", explica. Quando o surto acalmar, a pessoa que recebeu a vacina fracionada pode buscar receber a vacina plena. O infectologista ainda ressalta que a pessoa que já foi imunizada não deve se vacinar novamente.

O que você precisa saber sobre a doença

Como é a transmissão?
Em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Na cidade, o principal transmissor é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue, zika vírus e chikungunya. A contaminação só ocorre quando alguém que nunca contraiu febre amarela ou que nunca se vacinou contra a doença é picado por um mosquito. A doença não é contagiosa e, por enquanto, não há registro de contaminação urbana.
Quem deve se vacinar?
A dose fracionada - uma dose menor da vacina, que pode proteger as pessoas por pelo menos um ano - pode ser aplicada em crianças a partir de dois anos de idade, idosos e indígenas. Esse tipo de imunização está sendo aplicado em São Paulo e no Rio de Janeiro, por enquanto. Já a dose padrão pode ser aplicada em crianças de nove meses a menos de dois anos, gestantes que residem em áreas de risco e viajantes internacionais. Quem já se vacinou uma vez na vida não precisa fazê-lo de novo. A proteção é para toda a vida. Já quem tomou a vacina fracionada pode procurar receber a dose plena posteriormente, quando a epidemia perder a força. A dose é contraindicada para pessoas com 60 anos ou mais, portadores de comorbidades e gestantes. Para essas pessoas, o médico deverá avaliar o risco/benefício da vacinação. Mulheres que amamentam crianças menores de seis meses também não devem se vacinar - e, se o fizerem, devem suspender o aleitamento materno por dez dias. Pessoas com alergia grave ao ovo, com anafilaxia e portadores de doenças autoimunes também não devem se vacinar.
Há risco de contaminação no Estado?
O vírus da febre amarela não está circulando no Rio Grande do Sul. Somente pessoas que pretendem viajar a estados das regiões Sudeste e Nordeste devem se vacinar Os viajantes não vacinados que irão se deslocar para áreas com circulação da febre amarela têm maior risco de contrair a doença.