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Economia

- Publicada em 29 de Janeiro de 2018 às 22:53

Com preços baixos e custos altos, produtores abandonam arroz

Abertura oficial da colheita do grão acontecerá de 21 a 23 de fevereiro, na Estação do Irga, em Cachoeirinha

Abertura oficial da colheita do grão acontecerá de 21 a 23 de fevereiro, na Estação do Irga, em Cachoeirinha


/THIAGO COPETTI/DIVULGAÇÃO/JC
Thiago Copetti
Preços pagos ao produtor 28% menores do que no ano passado e custos de produção em alta estão levando orizicultores gaúchos a abandonar a atividade, um movimento que tende a se acelerar neste ano, segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles. De acordo com dados da Emater, a saca de 50 kg de arroz em casca caiu de R$ 51,48 em janeiro de 2017 para atuais R$ 36,95, o que não cobre nem os custos de produção, segundo Dornelles. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o custo de produção do setor é entre R$ 43,00 e R$ 47,00 por saca.
Preços pagos ao produtor 28% menores do que no ano passado e custos de produção em alta estão levando orizicultores gaúchos a abandonar a atividade, um movimento que tende a se acelerar neste ano, segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles. De acordo com dados da Emater, a saca de 50 kg de arroz em casca caiu de R$ 51,48 em janeiro de 2017 para atuais R$ 36,95, o que não cobre nem os custos de produção, segundo Dornelles. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o custo de produção do setor é entre R$ 43,00 e R$ 47,00 por saca.
"Ainda não temos uma estatística do número de produtores que estão deixando a atividade, mas isso ocorre diariamente. No entorno da minha propriedade, por exemplo, em pouco tempo, foram quatro ou cinco produtores que já pararam de plantar arroz", lamenta Dornelles. Ele ressalta que entre os custos que mais pesam no bolso do produtor está a energia elétrica, insumo fundamental nas lavouras irrigadas.
O presidente da Federarroz explica ainda que, neste ano, deverá ter redução de produção, ficando pouco acima de 8,2 milhões de toneladas, enquanto no período passado foi de 8,7 milhões de toneladas. A razão é a lavoura plantada fora de época, quando ocorreram estiagens que prejudicaram as plantas. Para equilibrar os preços, a única alternativa no horizonte é a redução na produção e na área plantada, diminuindo estoques.
Outra alternativa que poderia ajudar o produtor, admite Dornelles, ainda é pouco adotada no Estado. Apesar de responder por cerca de 70% da produção nacional de arroz, a criação de novos produtos à base de arroz ainda é pouca. Um exemplo disso é que não existe no Estado nenhum fabricante de bebida à base de arroz - como leite de arroz, vendido no Rio Grande do Sul, por exemplo, pela catarinense Risovita.
"Ainda somos carentes de criação de produtos. Para resolver isso, estamos buscando uma parceria com o Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) para que trabalhe o desenvolvimento de produtos também e entregue pronto para as indústrias, já que a pesquisa é cara, e isso inibe os lançamentos", diz Dornelles.
A situação do setor arrozeiro e as ações para reverter o cenário serão tratadas durante a 28ª edição da Abertura Oficial da Colheita do Arroz, entre 21 a 23 de fevereiro, na Estação Experimental do Irga, em Cachoeirinha. Mais informações em colheitadoarroz.com.br.
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