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Economia

- Publicada em 26 de Janeiro de 2018 às 12:56

Trump defende mudança de regras de comércio internacionais em Davos

'Apoiamos o livre-comércio, mas ele tem que ser justo e recíproco', afirmou Trump

'Apoiamos o livre-comércio, mas ele tem que ser justo e recíproco', afirmou Trump


Fabrice COFFRINI /AFP/JC
Precedido por uma banda marcial no palco, Donald Trump vendeu à plateia do Fórum Econômico Mundial em Davos os atrativos dos EUA para os negócios, pregou seu respeito ao multilateralismo – desde que as regras sejam revistas – e exortou líderes de outros países a defenderem os interesses de seus países em primeiro lugar, assim como ele faz com os EUA.
Precedido por uma banda marcial no palco, Donald Trump vendeu à plateia do Fórum Econômico Mundial em Davos os atrativos dos EUA para os negócios, pregou seu respeito ao multilateralismo – desde que as regras sejam revistas – e exortou líderes de outros países a defenderem os interesses de seus países em primeiro lugar, assim como ele faz com os EUA.
Trump também mostrou disposição dos EUA em negociar com os países da Parceria Transpacífico, acordo comercial fechado por Barack Obama que ele rompeu nos primeiros dias de governo. "São países importantes. Podemos negociar bilateralmente ou em grupo, mas temos que rever as regras", disse diante da plateia de 1.500 assentos lotada.
O presidente americano também voltou a criticar a imprensa, ao ser indagado pelo fundador do Fórum, Klaus Schwab, sobre qual de suas experiências anteriores o preparou melhor para a Casa Branca, Trump respondeu que foi a dos negócios ("sou muito bom em fazer dinheiro") e, em seguida, lamentou não ser mais bem tratado pela imprensa como era antes.
"Como homem de negócios eu sempre fui bem tratado pela imprensa. Até eu ser eleito presidente e ver quão ruim, ambiciosa e 'fake' a impressa é", afirmou. Houve uma surpresa na plateia, com um arremedo de vaia que não chegou a se concretizar.
Esta é a segunda vez que um presidente dos EUA vem ao encontro anual do Fórum Econômico Mundial (a primeira vez foi com o democrata Bill Clinton, em 2000), e a expectativa para o discurso de Trump, no último dos quatro dias de evento, era imensa.
Empresários, executivos, acadêmicos e integrantes de governos estavam ansiosos para ver se o Trump que discursaria acenaria ao mundo, mostrando seu lado "globalista", ou voltaria à carga com a retórica nacionalista que marcou seu primeiro ano de governo.
A fala, que durou 15 minutos e foi bastante aplaudida, ficou no meio do caminho. Ao mesmo tempo em que pediu que os países compartilhassem interesses e cooperassem uns com os outros, sublinhou que isso deveria ser feito sempre em obediência às regras internacionais, em uma menção velada mas óbvia à China.
"Apoiamos o livre-comércio, mas ele tem que ser justo e recíproco. Os EUA não vão mais fechar os olho para práticas como roubo de propriedade intelectual, subsídios e dumping. Essas práticas estão causando estragos", afirmou.
"Assim como espero que os presidentes de outros países protejam seus interesses, eu protegerei os interesses das empresas e trabalhadores americanos."
Trump também pediu cooperação internacional em segurança, agradecendo aos países que se uniram aos EUA na Guerra do Afeganistão, mas mandou um recado claro aos governos de Alemanha, Japão e Coreia do Sul: "Não pode haver prosperidade mais segurança. Por isso pedimos a nossos parceiros que invistam em sua própria segurança e paguem o que lhes cabe".
Maria Cristina Frias e Luciana Coelho, Folhapress
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