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Conjuntura Internacional

- Publicada em 23 de Janeiro de 2018 às 19:36

Trump impõe tarifas comerciais contra China

Anúncio do presidente dos EUA marca endurecimento com Pequim

Anúncio do presidente dos EUA marca endurecimento com Pequim


NICHOLAS KAMM /NICHOLAS KAMM / AFP/JC
O governo do presidente Donald Trump anunciou a imposição de tarifas comerciais contra painéis solares e máquinas de lavar roupa, importados especialmente da China, num movimento que marca o endurecimento das relações comerciais dos Estados Unidos com o país asiático. O objetivo da medida é proteger a indústria norte-americana da concorrência internacional, uma das principais promessas de campanha de Trump.
O governo do presidente Donald Trump anunciou a imposição de tarifas comerciais contra painéis solares e máquinas de lavar roupa, importados especialmente da China, num movimento que marca o endurecimento das relações comerciais dos Estados Unidos com o país asiático. O objetivo da medida é proteger a indústria norte-americana da concorrência internacional, uma das principais promessas de campanha de Trump.
A decisão foi tomada após uma investigação conduzida pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA, agência federal que atua na proteção comercial do país. A comissão concluiu que a importação massiva dos produtos estava "prejudicando seriamente a indústria nacional".
"As ações do presidente (ao tarifar as importações) deixam claro, mais uma vez, que o governo Trump sempre irá defender os trabalhadores americanos", afirmou Robert Lighthizer, representante comercial dos Estados Unidos.
As tarifas comerciais serão impostas durante até quatro anos, com alíquotas que variam entre 15% e 50%, e diminuem ao longo dos anos. No caso das máquinas de lavar, as tarifas valem por três anos, começam em 20% e variam até 50%. Já os painéis solares serão tarifados durante quatro anos, com alíquota de 30% no primeiro ano e 15% no último.
Em Pequim, o Ministério do Comércio da China criticou as novas tarifas comerciais impostas pelo governo norte-americano e prometeu defender seus interesses. O movimento "é um abuso de medidas de controle comercial" e prejudicará o ambiente de comércio global, disse o chefe do escritório de investigação do Ministério do Comércio chinês, Wang Hejun, em comunicado emitido nesta terça-feira.
"A China está fortemente insatisfeita" com a ação do governo de Donald Trump, afirmou Wang. Ele convidou os Estados Unidos a se absterem de medidas protecionistas e declarou que precisavam respeitar as regras comerciais multilaterais.
As medidas adotadas pelo governo dos EUA são chamadas de salvaguardas, uma ação de defesa comercial baseada na comprovação de danos à indústria local - e mais rara do que as ações antidumping.
"Isso confirma a tendência protecionista do governo Trump e sua intenção de usar o maior número de mecanismos de defesa comercial possível", afirmou Antonio Josino Meirelles, diretor executivo da BIC (Brazil Industries Coalition), organização que representa a indústria brasileira nos Estados Unidos.
Segundo Meirelles, as tarifas anunciadas pela Casa Branca não devem ter efeitos significativos na indústria brasileira. O principal alvo é a China.
As empresas brasileiras, porém, aguardam com expectativa as conclusões de uma investigação do governo dos EUA sobre o aço, que está sob análise da Casa Branca. Há o temor de que Trump decida impor barreiras comerciais ao aço do País - embora boa parte da indústria norte-americana seja contrária à medida, por depender da importação da matéria-prima.

Eurogrupo concorda com último desembolso à Grécia

A Grécia deu mais um passo em direção ao fim do regime de resgate nesta terça-feira, após os ministros de Finanças da zona do euro aprovarem o fim da revisão do resgate do país e concordarem em desembolsar o último pacote de ajuda financeira em breve.
A reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, aprovou o progresso da Grécia com a implementação de reformas internas, com o Parlamento do país votando dezenas de legislações fiscais, trabalhistas e de energia na semana passada, mas a próxima fatia de resgate, no valor de ¤ 6,7 bilhões, será desembolsada apenas no início de fevereiro.
Com Atenas e outras capitais europeias ansiosas para colocar um ponto final no drama grego, o fim do programa de resgate - o terceiro do país nos últimos oito anos - em 2018 parece mais próximo do que nunca. "O Eurogrupo irá, agora, voltar suas atenções para as etapas finais do programa, cujo fim é esperado para agosto de 2018", disseram os ministros em nota.
Os próximos meses irão determinar se Atenas ganhará a tão desejada saída do programa de resgate, ou que tipo de acordo pós-resgate será feito com os credores internacionais para evitar um replay da crise de dívida soberana da última década, que deu início ao programa de resgate.