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Economia

- Publicada em 17 de Janeiro de 2018 às 19:27

Ramalho defende maior debate sobre a Previdência

Fábio Ramalho (c) participou de cerimônia ontem com Michel Temer

Fábio Ramalho (c) participou de cerimônia ontem com Michel Temer


/BETO BARATA /PR/JC
Depois de participar de cerimônia de liberação de recursos para Educação, ao lado do presidente Michel Temer, o presidente em exercício da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), disse ontem que acha que "o governo não tem os votos" e que "não vai" consegui-los até 19 de fevereiro para aprovar a reforma da Previdência. Ramalho foi mais longe, ao defender maior ampliação da discussão sobre a reforma, que a mudança seja "mais ampla", "mais debatida" e que, portanto, seja tema da campanha presidencial de 2018 e só vá a plenário para votação em 2019.
Depois de participar de cerimônia de liberação de recursos para Educação, ao lado do presidente Michel Temer, o presidente em exercício da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), disse ontem que acha que "o governo não tem os votos" e que "não vai" consegui-los até 19 de fevereiro para aprovar a reforma da Previdência. Ramalho foi mais longe, ao defender maior ampliação da discussão sobre a reforma, que a mudança seja "mais ampla", "mais debatida" e que, portanto, seja tema da campanha presidencial de 2018 e só vá a plenário para votação em 2019.
O deputado faz coro ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está nos Estados Unidos e lá declarou que, se o Poder Executivo não conseguir votar a reforma previdenciária em fevereiro, "não vota mais". O Palácio do Planalto, por sua vez, embora saiba das dificuldades de conseguir os 308 votos, está empenhado na aprovação em fevereiro, e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, chegou ontem de férias para ajudar a comandar o trabalho de convencimento dos deputados.
Para Ramalho, "a discussão da reforma previdenciária não está madura" e "tem de ser construída". Na opinião do presidente em exercício da Casa, "o maior entrave" da discussão da reforma, agora, "foi a comunicação, que não chegou certa às bases mais longínquas do Brasil".
Ramalho quer "uma reforma mais ampla", justificando que, "se for fazer esta reforma agora, ano que vem terá de fazer outra porque a reforma tem de valer por 30 anos". Ele sugere que esta "é uma discussão para todos os candidatos que vão disputar a presidência este ano" e que é preciso "colocar para a população como um debate por um ano inteiro para que, no próximo ano, uma reforma que a sociedade entenda seja votada".
O parlamentar foi pessimista em relação aos planos do Planalto de votar o texto no próximo mês. "Pelas conversas que tenho tido, penso que é muito difícil votar agora. Vamos ver se o governo consegue avançar. Mas, hoje, pelas informações que tenho, posso dizer a vocês que avançou muito pouco", advertiu, ao lembrar que não conversou esse assunto com Temer, mas sabe do "empenho" dele na convocação de bancadas e aliados para tentar garantir os votos necessários, em 19 de fevereiro.
Segundo o presidente em exercício da Câmara, "o governo está fazendo as avaliações dele e deve chegar à mesma conclusão que nós pensamos que não tem votos para votar mês que vem". Ramalho avisou: "Eu penso que o governo não tem os votos e que não vá conseguir esses votos até o dia 19".
Sobre a insistência do presidente da República em aprovar o texto este ano, o presidente em exercício da Casa afirmou: "Se o governo tiver os votos, então vote". Em seguida, Ramalho reiterou a tese de que a reforma tem de atacar outros pontos. "Não pode ser uma reforma de apenas uma parte da sociedade. Tem de ser uma reforma para todos", disse, ao alegar que existem "outras reformas mais importantes, como a reforma dos juros, dos juros estratosféricos hoje no Brasil".
Ele explicou que para fazer a reforma todos os grupos da sociedade têm de ser chamados, inclusive os bancos, que, na avaliação do deputado, "hoje ganham muito e estão abarrotados de dinheiro". Ramalho afirmou: "Não é só a população que tem de pagar pela reforma".
Ramalho declarou ainda que não acredita que as demissões de dirigentes da Caixa Econômica Federal, indicados por políticos, que provocaram insatisfação entre parlamentares, "não afetarão a reforma da Previdência". Ele defendeu o fim das indicações políticas para cargos técnicos.
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