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Economia

- Publicada em 16 de Janeiro de 2018 às 16:08

Bolsas da Europa fecham mistas, com Brexit, Alemanha e moedas no radar

Agência Estado
Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta terça-feira sem direção única, à medida que os investidores ponderaram tensões políticas no continente com o enfraquecimento do euro e da libra. O índice pan-europeu Stoxx-600 fechou em leve alta de 0,01% (+0,04 ponto), aos 397,87 pontos.
Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta terça-feira sem direção única, à medida que os investidores ponderaram tensões políticas no continente com o enfraquecimento do euro e da libra. O índice pan-europeu Stoxx-600 fechou em leve alta de 0,01% (+0,04 ponto), aos 397,87 pontos.
O retorno dos negócios em Nova York trouxe parcialmente de volta a liquidez, que estava baixa na segunda-feira devido ao feriado de Martin Luther King nos Estados Unidos. Em solo americano, o índice Dow Jones ultrapassou a marca inédita dos 26 mil pontos logo após a abertura, mas perdeu um pouco de força, o que motivou um ajuste de posições na Europa poucos minutos antes do fim do pregão.
Nesta terça-feira, o dólar mostrou leve recuperação ante libra e euro, após o índice DXY, que mede a moeda americana ante uma cesta de outras seis divisas principais, ter atingido o menor nível desde janeiro de 2015. As mínimas do euro na comparação com o dólar têm nome e sobrenome: Banco Central Europeu (BCE). Após ter subido nos últimos dias com uma sinalização "hawkish" de que a instituição poderia revisar suas políticas já no primeiro semestre deste ano, a moeda única pausou esse movimento em meio a relatos de que é improvável que o BCE abandone a promessa de continuar comprando bônus na reunião de política monetária da próxima semana.
Não à toa, o movimento dos juros dos títulos europeus seguiu a queda do euro: o juro do OAT francês de 10 anos caiu de 0,865% na segunda-feira, para 0,838%; o retorno do Bund de 10 anos recuou de 0,525% para 0,499%; e o yield do BTP italiano de 10 anos cedeu de 1,998% para 1,967%.
Além disso, a política na Alemanha volta ao radar, após a imprensa do país noticiar que o líder do Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão), Martin Schulz, está enfrentando dificuldades em convencer outros membros da sigla a apoiar a coalizão com o bloco conservador da chanceler Angela Merkel. Apesar disso, o índice DAX, da bolsa de Frankfurt, fechou em alta de 0,35%, aos 13.246,33 pontos. Entre as montadoras, a Daimler subiu 0,50% e a Volkswagen avançou 2,35%.
Ainda na Alemanha, a Destatis informou que o índice de preços ao consumidor do país subiu 0,6% em dezembro na comparação com o mês anterior, em linha com os dados preliminares e com as estimativas do mercado. Na comparação anual, o avanço foi de 1,7%.
Já no Reino Unido, a inflação anual desacelerou para 3,0%, após ter registrado 3,1% em novembro, no maior nível desde março de 2012, de acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS). O resultado veio em linha com as previsões de analistas consultados pelo Wall Street Journal. O juro do Gilt de 10 anos recuou de 1,326% ontem para 1,305%.
Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,17%, aos 7.755,93 pontos. O viés negativo teve como catalisador a nova rodada de incertezas sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), além de questionamentos sobre a Carrilion, gigante construtora britânica que entrou em liquidação compulsória na segunda-feira.
Nesta terça, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, deixou as portas abertas para o país recuar da decisão de deixar o bloco, trazendo à tona discussões na imprensa britânica sobre a possibilidade de uma nova votação sobre o Brexit. Do lado britânico, o secretário de Relações Exteriores, Boris Johnson, deu entrevista garantindo que o país terá ainda mais dinheiro para gastar em serviços públicos do que os 350 milhões de libras por semana prometidos pelos Brexiteers (defensores da separação) depois que o país sair do bloco comum. Além disso, a Câmara dos Comuns discute medidas mais flexíveis sobre o Brexit, apresentadas pelo governo na semana passada. Entre esta terça e quarta-feira, os parlamentares apreciam o material e, posteriormente, o documento será avaliado pela Câmara dos Lordes.
Em Paris, o índice CAC-40 fechou em alta de 0,08%, aos 5.513,82 pontos, apesar da queda de ações de bancos, como BNP Paribas (-0,77%) e Société Générale (-0,59%). Já em Milão, dúvidas sobre as eleições na Itália fizeram com que o índice FTSE-Mib recuasse 0,21%, aos 23.495,28 pontos.
Na bolsa de Madri, o Ibex-35 encerrou o dia em alta de 0,51%, aos 10.520,40 pontos. Já o índice PSI-20, da bolsa de Lisboa, perdeu 0,13%, aos 5.613,58 pontos.
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