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Mercado de Capitais

- Publicada em 14 de Janeiro de 2018 às 16:39

CVM deve emitir decisão definitiva sobre criptomoedas até fim de março

Bitcoin teve alta de 1.300% em 2017 e valorizou 1,4% em 12 dias do ano

Bitcoin teve alta de 1.300% em 2017 e valorizou 1,4% em 12 dias do ano


/VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
Depois de publicar na sexta-feira um documento que proíbe os fundos de investirem em bitcoins e nas demais criptomoedas de maneira direta, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) disse que o assunto vem sendo estudado por uma equipe de técnicos e que prepara para até o final de março um posicionamento definitivo sobre o tema.
Depois de publicar na sexta-feira um documento que proíbe os fundos de investirem em bitcoins e nas demais criptomoedas de maneira direta, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) disse que o assunto vem sendo estudado por uma equipe de técnicos e que prepara para até o final de março um posicionamento definitivo sobre o tema.
No ofício assinado pelo superintendente de relações com investidores institucionais da CVM, Daniel Maeda, a instituição, além de não permitir que fundos empreguem as moedas virtuais em seus portfólios, também sugere que os gestores aguardem por uma definição final antes de buscar opções indiretas dentro do nicho, seja por meio de ETFs (Exchange Traded Funds) ou de mercado futuro, que são instrumentos chamados de derivativos e criados pelo mercado financeiro justamente para diminuir os riscos de aplicações diretas em operações de câmbio e no mercado de ações.
Recentemente, a bolsa de Chicago passou a negociar contratos futuros de bitcoin, tecnicamente chamados de derivativos. A bolsa de Frankfurt também já manifestou interesse. No começo de dezembro, o presidente da B3 (bolsa paulista), Gilson Finkelsztain, disse que a moeda virtual "está no radar da instituição".
"A gente não proibiu o investimento indireto, apenas o direto, que é quando o fundo compra a moeda pura e aloca dentro do portfólio. Nos investimentos indiretos, sugerimos para os gestores aguardarem pela nossa decisão final", destaca Maeda.
O executivo da CVM diz que os administradores que assumirem o risco e adquirirem produtos derivativos de bitcoin podem ser responsabilizados caso, futuramente, os técnicos da CVM optarem por manter a proibição e estenderem o veto também para as operações indiretas. "A punição vai desde uma advertência até um processo para inabilitar o profissional", afirma Maeda.
Ele destaca que, pelo menos por hora, os técnicos da CVM não entendem a criptomoeda como um ativo financeiro, o que fere a instrução 555, que regula o funcionamento dos fundos abertos. "Apenas ativos financeiros podem ser adquiridos por fundos e ainda não se criaram condições para que as criptomoedas sejam classificadas dessa forma", diz.
O executivo diz que a CVM recebeu 12 consultas formais sobre a possibilidade de criação de fundos específicos para investimento em criptomoedas nas últimas semanas. No documento divulgado na sexta-feira, a instituição observa que as discussões hoje existentes sobre esses investimentos são incipientes, sendo que há um projeto de lei (2.303/2015) "que pode vir a impedir, restringir ou mesmo criminalizar a negociação de tais modalidades de investimento".
Após alta de 1.300% em 2017, a bitcoin acumula valorização de 1,4% nos últimos 12 dias.

Rebaixamento do País não reflete no dólar e na bolsa

O mercado brasileiro praticamente não reagiu na sexta-feira ao rebaixamento da nota de crédito do Brasil, de BB para BB-, anunciada pela agência de classificação de riscos Standard & Poor's na noite de quinta-feira. Tanto assim que o dólar caiu a R$ 3,20, no nível mais baixo em quase três meses. Já a bolsa teve um modesto recuo afetada pelas ações do setor financeiro, que também tiveram suas notas rebaixadas na esteira do corte do rating soberano.
Após rondar a estabilidade, o dólar firmou-se no campo negativo na reta final do pregão, acompanhando a aceleração das perdas da moeda americana no exterior. A moeda norte-americana chegou a ficar abaixo dos R$ 3,20, mas acabou fechando em baixa de 0,27%, a R$ 3,2068, no menor valor desde 20 de outubro de 2017. Na avaliação de profissionais do mercado, além de este downgrade já ser esperado, o corte da nota pode servir de pressão para que o Congresso aprove a reforma da Previdência ainda neste ano.
"A altíssima liquidez do mercado internacional e a expectativa de aceleração do crescimento mundial favorecem o recuo do dólar no mercado global", escreveu, em comentário ao mercado, Cristiano Oliveira, economista-chefe do Banco Fibra.
Quanto à decisão da S&P de cortar a nota do Brasil, a leitura é de que isso não afeta o interesse dos investidores. "O mercado está vendo melhora dos dados econômicos do País, as commodities passam por um bom momento, então vai atrás daquilo que é palpável", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
O Ibovespa reagiu com um movimento contido de perdas ao rebaixamento da nota de crédito do Brasil. Além dos bons ventos externos, que parecem se perpetuar neste mês de janeiro, pesou favoravelmente a força das ações de Petrobras e Vale, empresas que escaparam da má avaliação da S&P.
Prova de que o reflexo foi ameno, conforme já projetavam analistas ouvidos na quinta-feira, 11, o índice à vista fechou praticamente estável em queda de 0,02%, mantendo os 79 mil pontos, aos 79.349 pontos. E ainda encerrou a segunda semana de janeiro com ganhos de 0,35%.
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