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Consumo

- Publicada em 09 de Janeiro de 2018 às 18:43

Vendas no varejo estão 8,6% abaixo do pico

Consumo começa a mostrar os primeiros sinais de recuperação após um longo período de pessimismo

Consumo começa a mostrar os primeiros sinais de recuperação após um longo período de pessimismo


/JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
As vendas do comércio varejista ainda estão longe de alcançar o pico registrado em anos anteriores, mas já mostraram recuperação importante em 2017, avaliou Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As vendas do comércio varejista ainda estão longe de alcançar o pico registrado em anos anteriores, mas já mostraram recuperação importante em 2017, avaliou Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O volume vendido pelo varejo está 8,6% abaixo do nível recorde alcançado em outubro de 2014, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas estão 14,3% aquém do pico registrado em agosto de 2012.
"A recuperação observada em 2017 ainda não anula perdas importantes do passado. Mas o varejo mostra uma recuperação importante, com certeza", resumiu Isabella. Na passagem de outubro para novembro, sete das 10 atividades do varejo ampliado registraram avanços. No acumulado em 12 meses, também sete das 10 atividades acumulam crescimentos.
"A maior parte das atividades já está com resultado positivo em 12 meses, isso mostra uma recuperação mais consolidada no varejo", afirmou Isabella.
Segundo a pesquisadora, o ritmo de recuperação está aumentando na maior parte das atividades. O varejo acumulou uma alta de 4,3% no bimestre outubro-novembro ante o mesmo período de 2016. No terceiro trimestre, o avanço tinha sido também de 4,3%. No varejo ampliado, a alta foi de 8,1% no bimestre outubro-novembro, após crescimento de 7,5% no terceiro trimestre, sempre na comparação com igual período do ano anterior. Seis entre 10 atividades tiveram desempenho melhor no bimestre outubro-novembro do que no terceiro trimestre.
No mesmo levantamento, o IBGE apurou que as vendas do comércio varejista fecharam novembro com alta de 0,7% em relação a outubro. Contribuíram para o indicador vendas melhores de artigos de uso pessoal e doméstico (8%), e móveis e eletrodomésticos (6,1%).
A Black Friday, que é a data do varejo em que os lojistas fazem promoções para atrair clientes, também teve impacto positivo sobre as vendas. Em outubro, as vendas do comércio tinham sido fracas justamente porque consumidores optaram por esperar a data de descontos do mês seguinte.
Livros, jornais e revistas (1,4%), artigos farmacêuticos (1,2%) e vendas em supermercados e de produtos alimentícios (0,8%) também tiveram desempenho melhor em novembro frente a outubro. Na ponta oposta, combustíveis e lubrificantes tiveram queda de 1,8% na esteira de aumentos de preços praticados pela Petrobras. Equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação tiveram queda de 5,8% na passagem de outubro para novembro.
 

AGV projeta R$ 200 milhões para lojas com liberação dos saques de PIS/Pasep

O varejo do Rio Grande do Sul ganha mais um estímulo financeiro para este começo de ano. É que, com a liberação dos saques de PIS/Pasep, a partir de 8 de janeiro, o comércio gaúcho deve absorver R$ 200 milhões dos até R$ 530 milhões estimados para os beneficiários do Estado. A estimativa é do novo presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Ricardo Diedrich, para quem os recursos deverão ser destinados para as atrações oferecidas pelas liquidações, na compra do material escolar, de eletrônicos visando à Copa do Mundo de futebol e de equipamentos para utilização no verão, tais como ares-condicionados e ventiladores.
Os saques de PIS/Pasep deverão injetar até R$ 7,8 bilhões na economia nacional, beneficiando 4,5 milhões de pessoas. Se consideradas aquelas pessoas que têm direito às cotas mas ainda não fizeram a retirada, a liberação de recursos pode chegar a R$ 21,4 bilhões, beneficiando até 10,9 milhões de cotistas. Os trabalhadores, públicos ou privados, têm direito ao saque desde que tenham contribuído para o PIS/Pasep até 4 de outubro de 1988 e que não tenha feito o resgate total do saldo do fundo.

CNC estima em 3,9% o crescimento do comércio varejista em 2017

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou, ontem, uma estimativa na qual aponta que o crescimento para o comércio varejista em 2017 deve ser de 3,9%. O percentual foi calculado com base em dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de novembro, produzida pelo IBGE.
A PMC de novembro mostra que o volume de vendas nos 10 segmentos que integram o varejo ampliado avançou 2,5% em relação a outubro. Segundo a CNC, foi o melhor resultado na comparação mensal desde 2003, quando o IBGE passou a divulgar os dados do varejo ampliado. Frente a novembro de 2016, houve alta de 8,7%.
"Os segmentos de artigos de uso pessoal e doméstico (8,0%), e móveis e eletrodomésticos (6,1%) foram os principais destaques de novembro, impactados pelo aumento das vendas decorrentes da Black Friday", registra nota divulgada pela CNC. A entidade também destacou a recuperação do varejo em 23 das 27 unidades da Federação, quando considerado o acumulado dos últimos 12 meses.
"Entre 2014 e 2016, o volume médio de vendas do setor recuou 20%, revelando que, apesar dos recentes resultados positivos, a estrada de recuperação do nível de vendas anterior à crise econômica será longa, não devendo ocorrer antes de 2020", avaliou Fábio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC.
Fundada em 1945, a CNC é uma entidade sindical que representa cerca de 5 milhões de empresas. Para 2018, ela projeta um crescimento no comércio varejista de 5,1%, desde que se preserve o atual cenário de inflação abaixo da meta e de juros em queda.