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Economia

- Publicada em 01 de Janeiro de 2018 às 19:04

Bolsas globais apresentaram o melhor desempenho da história

As bolsas globais nunca subiram tanto como em 2017, aproveitando o bom momento da economia global e o dinheiro barato de bancos centrais dos países ricos, e deixando de lado turbulências como as ameaças protecionistas do presidente norte-americano, Donald Trump, o temor de um ataque nuclear pela Coreia do Norte e o calote da Venezuela.
As bolsas globais nunca subiram tanto como em 2017, aproveitando o bom momento da economia global e o dinheiro barato de bancos centrais dos países ricos, e deixando de lado turbulências como as ameaças protecionistas do presidente norte-americano, Donald Trump, o temor de um ataque nuclear pela Coreia do Norte e o calote da Venezuela.
O índice de ações da Bloomberg, que reúne dados de 96 bolsas de valores, teve valorização (em dólar) de 64,1% no ano. Como comparação, o segundo melhor desempenho foi registrado em 2003, quando o indicador avançou 53,1% - na época, eram 87 mercados considerados.
Não é só. O índice MSCI World Index, que reúne ações de empresas de 23 países, subiu nos 12 meses deste ano, algo que nunca havia acontecido na sua história - ele foi criado em 1988.
No Brasil, o Ibovespa (principal índice da bolsa) atingiu, em outubro, seu maior patamar nominal (76.989 pontos) e acumulou valorização de 24,7% em dólar. Nos EUA, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq também bateram recordes sucessivos no ano.
Uma parte dessa história se deve ao desempenho do PIB mundial. A economia global teve no ano passado o seu melhor desempenho desde 2010. Os EUA estão no seu melhor momento em três anos, e a China (a segunda economia do mundo) está em um ritmo de crescimento de 6,9% nos nove primeiros meses de 2017, superior à meta do governo (cerca de 6,5%). Esse cenário tem favorecido as multinacionais, que vêm mostrando resultados melhores e estão sendo premiadas com a valorização de suas ações na bolsa.
"O ano de 2017 serviu para consolidar políticas econômicas que começaram na crise de 2008", afirma Raphael Figueredo, sócio-analista da Eleven Financial. "O pleno emprego voltou aos EUA, PIB e economia estão fortes, Europa volta aos trilhos. Houve uma convergência de fatores e uma trajetória de crescimento global, e a resposta prática a isso são as commodities."
A forte alta das bolsas está ancorada em um ambiente de excesso de dinheiro em circulação nos mercados após anos de política monetária expansionista promovida pelos principais bancos centrais do mundo em uma tentativa de conter os efeitos da crise financeira de 2008.
Marcelo López, gestor de recursos na L2 Capital Partners, vê riscos gerados por esse excesso de dinheiro em circulação. "A liquidez criada é absurda. A dívida que o mundo tem hoje é muito maior que a de 2008." Richard Thaler, Nobel de Economia em 2017, afirmou, em entrevista recente, que não entende o que está acontecendo nos mercados. "Parece que estamos vivendo o momento mais arriscado de nossas vidas, e ainda assim o mercado de ações parece estar cochilando", afirmou. "Nada parece assustá-lo", disse.
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