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Cultura

- Publicada em 05 de Janeiro de 2018 às 08:21

Pequeno trabalho para velhos palhaços abre 19ª edição do Porto Verão Alegre

Pequeno trabalho para velhos palhaços abre o Porto Verão Alegre neste fim de semana

Pequeno trabalho para velhos palhaços abre o Porto Verão Alegre neste fim de semana


JÚLIO APPEL/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
Da alegria do reencontro à amargura proporcionada por uma rivalidade que vem da necessidade de sobrevivência. Esse é o percurso trilhado pelos três protagonistas de Pequeno trabalho para velhos palhaços, montagem que abre a 19ª edição do Porto Verão Alegre (confira detalhes da edição de 2018). A peça é atração no Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº) ao longo do fim de semana: as apresentações ocorrem às 21h na sexta-feira e no sábado; no domingo, a sessão começa às 18h. 
Da alegria do reencontro à amargura proporcionada por uma rivalidade que vem da necessidade de sobrevivência. Esse é o percurso trilhado pelos três protagonistas de Pequeno trabalho para velhos palhaços, montagem que abre a 19ª edição do Porto Verão Alegre (confira detalhes da edição de 2018). A peça é atração no Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº) ao longo do fim de semana: as apresentações ocorrem às 21h na sexta-feira e no sábado; no domingo, a sessão começa às 18h. 
Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente na própria bilheteria do local ou pelo site www.teatrosaopedro.com.br. Os valores variam de R$ 20,00 a R$ 30,00. Na hora do espetáculo, a entrada inteira, sem descontos, custa R$ 40,00.
O espetáculo tem Arlete Cunha, Sandra Dani e Zé Adão Barbosa no papel do trio de personagens. Foi a partir do último deles que o projeto começou a ganhar forma: o artista queria ser dirigido por Adriane Mottola, que neste ano comemora os 30 anos da Cia. Stravaganza. No fim, o texto escolhido para a parceria não foi o inicialmente sugerido por Zé Adão, mas sim um trabalho de Matéi Visniéc, romeno que vem sendo lembrado com frequência pelo teatro brasileiro nos últimos anos.
O enredo destaca três palhaços de circo que estão desempregados. Depois que leem um anúncio que destaca a procura por velhos palhaços, eles se reencontram. Se por um lado há uma felicidade surgida com as lembranças, por outro eles concorrem à mesma vaga. A alegria, então, dá lugar a um clima de disputa caraterizado por demonstrações de superioridade e outras atividades que afetam a relação entre eles.
"Se ri, mas o gosto no fim das contas é amargo", aponta a diretora. "Você ri daquelas pessoas, das implicâncias, das infantilidades, dos números... Mas a partir de um determinado momento tu vais sentindo a angústia de como estamos marcados por essa competição do mundo em que nós estamos vivendo", afirma ela. A partir deste recorte, em que a ternura do clown se mistura às angústias da vivência, também entram em pauta assuntos como a solidão e o velho artista sem trabalho.
Mesmo assim, de acordo com Adriane, o resultado é mais bem-humorado do que imaginava. "Já aprendi que é o processo que revela como as coisas vão acontecer no palco", destaca ela, que vê o espetáculo como uma soma dos esforços de todos os envolvidos - sejam os atores, que ela considera "de uma vivacidade muito grande", quanto cenógrafos e figurinistas, entre outros. "Tudo que é preconcebido, que tu forças a barra para ser de um jeito, não acredito que vá dar certo", define.
A ficha técnica ainda inclui nomes como Jéferson Rachewsky, por exemplo. Ele foi responsável pela assessoria clownesca: dois dos personagens remetem à dinâmica comum entre o clown branco e o clown augusto, tipos de palhaços clássicos do circo. "Tem muito desse jogo", antecipa Adriane. "O branco é o mais sério, tem estratégias, quer que tudo seja feito direitinho; o augusto é ingênuo, simplório, mas tem a alegria da criança", descreve ela, revelando que a dupla se envolve em rixas com o terceiro protagonista.
Passada a estreia neste fim de semana, a diretora e os colegas também pretendem levar Pequeno trabalho para velhos palhaços a outros palcos da capital gaúcha ao longo do ano.
Aliás, quem comparecer ao São Pedro neste fim de semana poderá aproveitar os food trucks estacionados no local até 15 de janeiro. Depois, eles rumam para o Centro Municipal de Cultura, onde permanecem até fevereiro.  
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